Assusta um pouco quando
lemos as influências do In Vida, sim, para o fã de Rock e Metal em geral bandas
com excesso de cunho comercial e acentuação pop como Linkin Park e Deftones nem
sempre são bem vindas. Mas ao ouvir o disco vemos que o trabalho não se
restringe à sonoridade dessas bandas, aliás, são apenas influências ao lado de
grandes nomes como Muse, Tool, A Perfect Circle, dentre outros.
Isso sem contar que a
banda possui sua identidade própria que consiste em um Metal moderníssimo com
leves toques eletrônicos (principalmente nos arranjos) e flertes com outros
gêneros como Gótico e até pop. Mas tudo com um bom equilíbrio e feito de forma
bem coesa.
Um fator
importantíssimo para a música do In Vida dentro do Metal é o trabalho de
guitarras. A banda não se fez de rogada e tacou peso nas cordas, o que deixa
seu som mais longe de soar piegas. As melodias e os arranjos também se
destacam, dando uma aura mais futurista às músicas e deixando elas mais
pegajosas.
A banda opta por cantar
em português e suas letras são bem pessoais, sendo que às vezes soam um pouco
infantis e óbvias, mesmo mostrando uma boa veia poética. Destaque para as
faixas Erros, Tempo, Forças Pra Lutar
e Último Segundo. Os vocais de Diego
são limpos e muito emotivos.
A produção cristalina,
a cargo de Adair Daufembach (Hangar, Trayce, Project 46) só adicionou qualidade
ao trabalho, deixando o som ainda mais atual. O In Vida é mais uma prova de que
o Metal pode se renovar sempre e que muitas vertentes ainda podem surgir, basta
ter competência. Baixe o trabalho no site oficial da banda.
8,0
Vitor
Franceschini
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