145188, sim, esse é o pseudônimo do cara que
encabeça essa banda sueca, que é um sujeito prolífico. Afinal, em 5 anos foram
lançados 9 trabalhos de diversos formatos (inclusive um full-lenght já foi
lançado após “Sommar”), o que mostra que o homem bota a mão na massa mesmo.
Tão curioso quanto à alcunha do mentor do Vanhelga,
a sonoridade também é peculiar. A música que compõe este trabalho caminha entre
o ódio e a melancolia de uma forma desesperadora, que chega a perturbar a alma.
O mais incrível é que isso não é ruim, pois mexe realmente com o ouvinte.
Guitarras ríspidas se revezam com passagens
dedilhadas, assim como vocais rasgados (bem pouco dessa vez) caminham com
algumas passagens narradas, dando uma estranha sensação, talvez reflexiva. O
andamento das composições é cadenciado, mas não arrastado, com bons arranjos de
teclados.
Faixas viajantes como Levande begravd i påtvingad fångenskap (8mmcl) e Döda vita drömmar são o ponto alto do disco,
mas a faixa de abertura, Aftermath,
que é um pouco mais dinâmica também soa bem. Este EP tem cara de álbum completo
e a única ressalva fica por conta da produção que não é das mais limpas. Mas o
som é bem interessante.
7,5
Vitor
Franceschini
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