Christopher Abel
(vocal/guitarra) e Wildy Souza (bateria/percussão) apresentam uma proposta que
não é novidade, mas que pode ser considerada diferente. Ao Metal extremo
(focado mais no Black Metal), a dupla alia letras que abordam temas regionais e
flertes com a música local.
Tudo focado na cultura
gaúcha em uma forma de se valorizar a cultura local, sem soar xenófobo ou algo
do tipo. Tanto que a sonoridade das composições pende realmente para o Metal
extremo, com direito a raivosos riffs e ‘blast beats’, dando pouco espaço para
os arranjos tradicionais da região.
Um pouco de partes
acústicas ali (por Marcello Caminha), um acordeão incluído ali é o máximo que a
banda ousa. Ou seja, na musicalidade em si, o Metal é a grande prioridade.
Interessante são as levadas das músicas, que mesmo rápidas e agressivas,
possuem uma melodia diferente, um tanto quanto tensa.
Com a maior parte das
composições cantadas em inglês, a banda também arrisca músicas em castelhano e
uma das melhores faixas, Do Verde Se Fez
Vermelho, é cantada em nossa língua pátria. Destaque também para as
poderosas linhas de baterias, que soam desumanas em alguns momentos, além das
belas incursões de acordeão em algumas passagens (a cargo de Bruno Moritz).
A produção do trabalho
a cargo de Raul Misturada e da própria dupla também ficou muito boa e a arte da
capa, também ressaltando a cultura local, é de extremo bom gosto. La
Pampa, The Root of All Way of Live e To the Son também merecem
menção.
8,0
Vitor Franceschini
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