Mais um grande nome
oriundo das entranhas do Rio Grande do Sul, o Bloodwork não inova no Death
Metal – até porque o estilo não exige isso -, mas o faz com maestria e muito
conhecimento de causa. Enfim, “Just Let Me Rot” (que título sensacional!), é
praticamente um jogo ganho aos amantes do estilo.
Vamos começar pela
belíssima produção de Sebastian Carsin ao lado da banda. Carsin, que vem se
tornado um grande nome na produção do Metal nacional, conseguiu captar muito
bem a sonoridade imposta pela banda, já que o quinteto de São Leopoldo une
técnica e brutalidade.
Influenciados
diretamente por Cannibal Corpse e Suffocation, os riffs abastecem grande parte
do peso das composições, tendo como aliado as enfáticas linhas de baixo que
estremecem tudo e uma bateria que é bem explorada ditando os ritmos ora velozes
ora mais cadenciados.
Se utilizando de temáticas
gore (canibalismo, morte e terror), a banda mostra objetividade em faixas
relativamente curtas. Tudo com ótimos vocais guturais, versáteis e que soam
rasgados em alguns momentos. A morbidez dita o clima das composições, o que é
algo essencial no Death Metal.
Difícil mesmo é
destacar apenas algumas composições, mas fique de olho (ou de ouvidos?) em
faixas como Defecating Broken Glass,
Asphyxiant Cum Load e Toothed Vagina.
Mas a indicação correta é apreciar o álbum todo sem moderação. Orgulho do Death
Metal brasileiro!
8,5
Vitor
Franceschini
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