Apesar da embalagem
simples, com uma slipcase envolta apenas da bolachinha, o Apple Sin estreia com
uma belíssima apresentação. Afinal, a arte de “Fire Star” é linda e já tem
chamado atenção do público mais atento, mérito de Phillipe Belchior e do
baixista Raul Lourenço que trabalharam nela.
Mas, falando do som que
é o que interessa, o quinteto de Barroso/MG já destacou nas coletâneas Roadie
Metal, organizadas pela rádio de mesmo nome e não decepciona em seu primeiro
registro. Trazendo um Heavy Metal tradicional sem invencionices, a banda
consegue soar agradável e consistente.
A tradicional NWOBHM é
uma referência forte aqui, sendo que a banda investe em levadas mais
cadenciadas, com riffs que não carregam tanto no peso (deixando isso para o
baixo pulsante) e uma bateria precisa. Patric Belchior não esconde suas
influências de Bruce Dickinson, sendo que seu timbre lembra muito o britânico,
incluindo em sua carreira solo.
Uma característica
importante do Apple Sin são os refrãos pegajosos, principalmente das faixas Apple Sin e Fire Star que são os carros chefes da banda. Ambas impregnam de
cara na cabeça e mostram que eles têm um potencial incrível. Vale mencionar que
Darkness of World pode não ser tão
pegajosa quanto às mencionadas, mas possui uma qualidade impar com sua variação
e versatilidade.
Com produção e mixagem
do baterista Eduardo Rodrigues, o Apple Sin conseguiu atingir um resultado
satisfatório, que com leves ajustes pode levar a banda ainda mais acima. Enfim,
“Fire Star” atingiu as expectativas e serviu muito bem como cartão de visitas
da banda, que pode render muito mais frutos ainda.
8,0
Vitor
Franceschini, jornal de hoje
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