Sem querer fazer
comparações e/ou causar discórdias entre os fãs (já causando), ao sair do
Tristania, o guitarrista/vocalista Morten Veland provou que é cerebral e um
compositor de mãos cheias. Afinal, sua atual banda, este Sirenia, só cresceu,
enquanto seu ex-grupo minguou e, mesmo fazendo bons álbuns, não convence mais
há pelo menos uma década.
Bom, deixando a
realidade de parâmetros de lado, vamos ao que interessa. Afinal o Sirenia chega
ao seu sétimo álbum de estúdio em apenas 13 anos de carreira. Sempre mantendo
regularidade e evoluindo gradativamente, a banda conseguiu mais uma vez dar um
passo à frente e fazer um bom disco.
Um leve retorno às
raízes de Veland é sentido nas estruturas das músicas, porém o que notamos é
que a banda continua soando atemporal, mesmo possuindo elementos de estilos já
não tão em alta como o Gothic e o Symphonic Metal. O diferencial é exatamente a
capacidade do líder da banda (que é metade latina com uma espanhola e um
chileno) transitar entre os estilos de uma forma bem particular.
Desde 2008 no Sirenia,
a vocalista Ailyn mostra sua melhor performance, com uma interpretação
extremamente emotiva, equilibrada e com linhas bem encaixadas. O instrumental
mostra uma carga de energia nunca vista nos álbuns da banda, com arranjos
primorosos que traz o sentimento das composições à flor da pele (ou do CD, como
queira).
A intensidade inicial
de Serpent, o lado Gothic de Elixir, o refrão potente de Sons of The North e a beleza versátil da
quase Progressiva The Silver Eye são
os grandes destaques do trabalho. Ainda há uma bela balada gótica chamada Tragedienne, que recebeu uma versão em
espanhol com o nome de Tragica, que
faz valer ainda mais o lançamento. Mais um acerto de Veland.
8,5
Vitor
Franceschini
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