Para aqueles
headbangers mais conservadores, vale deixar a etiqueta aqui no caso do Warmask
de lado. Afinal, esse pessoal costuma muito torcer o nariz quando se fala o
termo ‘Groove Metal’ e passa batido diante de um trabalho com tal conotação. O
Warmask investe neste gênero, mas consegue soar atípico.
É óbvio que a
sonoridade apresentada pelo quarteto de Caxias do Sul/RS possui sua elevada
dose de ‘groove’, como o estilo pede, mas a coisa aqui é um pouco mais levada a
sério e não é o tipo de ‘pula-pula’ amado por muitos e odiado por mais ainda.
Há uma silhueta diferente na sonoridade da banda.
O primeiro fator é que
o grupo traz elementos de outros estilos para sua música. Nas quatro composições
o ouvinte vai encontrar a morbidez do Death Metal, a agressividade do Thrash
Metal e a cadência do Sludge, já que o grupo acertadamente não aposta todas
suas fichas em velocidade, mantendo um ritmo mais lento (não arrastado) que
enfatiza o peso das composições.
Com guitarras brutais e
cozinha caótica, além de um vocal gutural de primeira linha, o Warmask consegue
cativar mesmo possuindo uma energia mais discreta e acatada. A produção do
trabalho a cargo da própria banda está na medida certa, o que faz com que o
grupo ganhe ainda mais pontos. Destaque para os refrãos fortes e para as
composições Inner War e No Way To Knowing. Mataram a pau.
8,0
Vitor
Franceschini
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