É simplesmente
magistral sentir que a cena vem ganhando nomes que apostam no Metal em si
mesmo, na sua faceta mais tradicional. É só sacar o que bandas como Primator e
Hibria vêm apresentando, e o melhor de tudo, sem uma sonoridade datada e/ou
muito menos socada no modernismo dos dias atuais.
O Brutallian é mais uma
banda dessa leva, que aposta no Heavy Metal em si, trazendo influências de
Judas Priest, Primal Fear e Nevermore. Apesar dos nomes citados, o quarteto de
São Luís/MA impõe sua própria identidade destilando músicas que fazem jus ao
seu nome.
Apostando em uma
produção de alto nível a cargo de Felipe Hyily, Cid Campelo e da própria banda,
o Brutallian consegue atingir uma sonoridade que soa atemporal. Isto é, com
timbres de qualidade, as composições soam cristalinas, mas não carregadas em
excesso de artificialidade.
Com um belíssimo
trabalho de guitarras onde riffs e solos se impõem categoricamente, a banda
consegue variar nos ritmos, soar agressiva e melódica ao mesmo tempo. A cozinha
é um show à parte com linhas de baixo que enfatizam o peso e uma bateria com
pegada que dita o ritmo de forma dinâmica e com boas viradas.
O vocal de Pablo Barros
é um show à parte. Bebendo em fontes como de Warrel Dane (Sanctuary,
ex-Nevermore) e Tim Aymar (Pharaoh, ex-Control Denied), ele ainda consegue
transitar entre o suave e o agressivo. Destaque para faixas como Black Karma, I, the Scoundrel e Pain Masterpiece. Vale lembrar que a
banda tem um pé no Thrash Metal e isso se comprova em You Can’t Deny Hate. Muito bom!
8,5
Vitor
Franceschini
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