Quando iniciou suas
atividades em 2013, o Dust Commando tocava covers de nomes como Iron Maiden,
Pantera, Black Sabbath e Metallica. Até aí tudo normal, afinal, a maioria das
bandas começam por aí. O interessante é que o grupo de Taquari/RS moldou seu
som de forma diferente dos nomes citados (com exceção do Pantera).
Formado por Thiago Rabuske
(vocal/baixo, ex-Orange Background), Gabriel Alexandre (guitarra), João Vitor
Martins (guitarra) e Felipe Silva (bateria e backing vocals) – estes três todos
ex-integrantes da banda Polaris – o Dust Commando trilha caminhos que vai do
Alternativo ao Metal.
O maior mérito do grupo
em seu debut é juntar elementos de vários estilos e manter uma característica.
Característica essa que é difícil de ser imposta já no debut, mas que a banda
conseguiu tal proeza. Outro fator importante é que sua música ao mesmo tempo em
que soa pesada, possui elementos acessíveis, fruto do bom trabalho de arranjos
e melodia na medida certa.
A agressiva This Is Passion abre o disco de forma
enérgica e agressiva, mas já deixa evidente que a banda não aposta somente em
extremos. Mesmo com uma boa e veloz levada, a música tem seu ar Alternativo e é
um hit. Heavyweight Dinosaurs, que
vem logo em seguida, agradará fãs de Down e até de Alice Chains, com seu ar ‘Grunge
psicodélico’.
As dez composições
seguem uma alternância de ritmos e variando nos elementos de uma forma
incrivelmente homogênea e bem estruturada. Ainda pode-se destacar Narc que soa entre o Grunge, Alternativo
e Metal, e a técnica Holdon que
carrega influências de Stoner e Southern Metal com inclusão de elementos
acústicos, variação nos arranjos e uma melodia cativante (principalmente nos
solos), fechando o trabalho com chave-de-ouro. Alguns ajustes na produção
seriam necessários (ficou com algumas leves falhas), mas nade que tire os
méritos que aqui ganham de goleada. Bela estreia.
8,0
Vitor
Franceschini
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