Após
deixar o Pagan Altar e o Sacrilege, o guitarrista Vince Hempstead criou um
projeto solo com intenção de gravar apenas. Mas, logo esse projeto tomou forma
e veio a se tornar o Desolate Pathway, banda de Heavy/Doom Metal que tem em seu
líder uma forte admiração por temas épicos. Ao lado de Simon Stanton (vocal), Jim
Rumsey (baixo) e Mags (bateria), lançou o debut “Valley of the King” em 2014 e
agora prepara um novo trabalho. Conversamos com Vince que nos contou mais sobre
“Valley of the King”, falou da banda e seus projetos futuros, além de outros
assuntos.
Primeiramente conte-nos um pouco de
como surgiu o Desolate Pathway?
Vince Hempstead:
Primeiro começou como um projeto solo de estúdio chamado Origin Konrad. Eu
tinha comigo Darin McCloskey, do Pale Divine, como baterista. Foi divertido.
Depois do Pagan Altar, eu precisava ser mais criativo, por isso formei essa
banda que teria o mesmo nome do projeto inicial, mas eu mudei o conceito todo,
gênero e estilo, por isso precisava ser algo renascido, como algo novo e
especial.
Ao ouvir o primeiro disco da banda,
“Valley of the King” (2014), nota-se que além das características próprias, o
Desolate Pathway traz influências de suas ex- bandas (Pagan Altar e Sacrilege),
o que até natural. Você concorda com isso?
Vince:
Bem, claro. Depois de tocar com Pagan Altar por 2 anos sou naturalmente
influenciado por eles, mas isso vai além como de volta aos anos 80 em nomes
como Iron Maiden, Judas Priest e o primeiro álbum do Candlemass. O Desolate
Pathway traz influências de todas as grandes bandas de Metal.
Como foi compor “Valley of the
King” e por que decidiu por um álbum conceitual?
Vince:
Eu sou um grande fã de faixas que contam uma história, por exemplo, At The Gallows End do Candlemass, tal
drama e atmosfera. Eu também sou um grande fã de Game of Thrones e O Senhor dos
Anéis por isso foi perfeito combinar tudo isso no nosso álbum de estréia.
E por que a escolha da história do
príncipe Palidor? Você é fã de histórias épicas?
Vince: Sou
um grande fã de Manowar, acho que posso obter mais narrativas épicas do que
estes caras. O personagem Príncipe de Palidor foi retirado do livro
"Cavaleiro da Gladius".
Na questão do instrumental. Você
tentou fazer com que as músicas casassem com a história perfeitamente ou
preferiu deixar que isso fluísse de forma natural?
Vince:
Eu escrevo a música com o tema em mente primeiro, então tento manter o mesmo
estilo com muitas partes da atmosfera e fraseados interessantes. Depois disso
incluímos as letras. Isso não flui completamente naturalmente.
O disco possui uma conotação Doom
Metal, mas transita entre o Heavy Metal tradicional e a NWOBHM. Você concorda
que estes estilos prevalecem no trabalho e mesmo assim a sonoridade da banda
soa atual?
Vince:
Sim, de fato. Nossas principais influências são NWOBHM, mas todos nós somos
grandes fãs de Black Sabbath. Nós queríamos combinar todas essas influências
para fazer algo único suficiente para os fãs de ambos os gêneros gostarem.
Variações rítmicas também são
pontos importantes nas composições do álbum. Quão importante vocês acham isso
para a melhor fluência de um disco?
Vince:
As variações de ritmo são muito importantes neste álbum. Elas criam
profundidade e o poder de toda a história. Qualquer coisa desde cavalos a
galope na faixa Forest of Mirrors, a
luta de espadas em The Valley of The Kings...
As composições de “Valley of the
King” mostram certa objetividade, mesmo sendo bem exploradas musicalmente.
Fale-nos um pouco a respeito disso.
Vince:
O álbum conta uma história em cada faixa. Ele evolui e cria dificuldades e
tribulações. Cada faixa foi concebida para retratar a história na ordem correta,
tanto musicalmente como liricamente. Recomendamos ouvir o álbum inteiro do
começo ao fim para poder ser levado na viagem.
Como tem sido a repercussão do
trabalho até então? Vocês chegaram a obter resposta aqui do Brasil?
Vince:
Tem sido incrível. Cada avaliação única em todo o mundo tem sido grande. Muitas
entrevistas e do Brasil também. Também a construção de uma base de fãs mais
importante.
E quais os planos da banda? Há algo
novo a caminho que podem nos adiantar?
Vince:
Estamos vendo pra tocar nos festivais europeus e em outros lugares. Vamos
lançar o single “Halloween” com o guitarrista Kostas Salomidis da banda de Doom
Metal Sorrows Path. Estamos com 75% do novo álbum finalizado e temos a intenção
de lançá-lo em março de 2016. O álbum também será conceitual e irá abordar a
mitologia grega.
Muito obrigado. Podem deixar uma
mensagem aos brasileiros.
Vince:
Nosso objetivo é dar algo para todos, então se você ouvir nossas faixas,
esperamos que você possa se relacionar com a nossa intenção de fazer música
épica.
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