O retorno do Mad
Dragzter (principalmente a gravar) é uma verdadeira dádiva aos fãs de Thrash
Metal, afinal no estilo pipocam bandas, mas sempre semelhantes e até pastiches
umas das outras. Com estes paulistanos é diferente, pois o leque aqui é mais
aberto a influências do Heavy Metal tradicional e à melodia também.
Após dois grandiosos
discos, “Strong Mind” (2003) e “Killing the Devil Inside” (2006), o hiato de
nove anos trouxe a banda mantendo a essência, porém talvez mais melódica e ao
mesmo tempo direta e versátil. E mais uma vez o Mad Dragzter traz uma bela arte
gráfica, o que sempre foi um dos diferenciais do quarteto.
São quinze composições
(a banda sempre gravou mais de uma dezena de faixas em seus discos)
distribuídas em pouco mais de uma hora, onde um conceito filosófico é abordado
no disco interligando as composições. Mesmo parecendo longo, o disco empolga,
pois as composições são objetivas (média de 4 minutos cada).
Essa objetividade não
faz com que as músicas não sejam exploradas nas variações, pois há um belo
trabalho de guitarras com riffs e ótimos solos, cozinha coesa, além de quebradas
que trazem ainda mais melodias nos andamentos mais lentos, que chegam a ser
viajantes em algum momento.
O grande diferencial da
banda é que a velocidade não é o prato principal e sua música chega a ser
acessível em alguns momentos (principalmente com os refrãos), mostrando uma variação
importantíssima pra um estilo tão explorado. A boa produção só merecia um
aumento no volume pra ganhar ainda mais energia. No mais, apesar da
homogeneidade, faixas como Almighty,
Megiddo, Sons of Thunder e One
Nation, One Church podem ser os destaques, eu digo podem, pois tem outras
faixas belíssimas. Que o Mad Dragzter não se vá mais!
8,5
Vitor
Franceschini
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