Acho que já mencionei
isso centenas de vezes, mas é bom sempre relembrar. Impressiona a qualidade das
bandas de Metal extremo do Brasil, com ênfase no estado do Rio Grande do Sul. O
Burn The Mankind vem de lá e honra a tradição, destilando o que de melhor o
Death Metal possui.
Tudo bem, o quarteto é
experiente e é formado por membros e ex-membros de nomes como Nephasth, Interior
Soul e Indulgence. Mas nem sempre formações rodadas dão certo, o que não é o
caso aqui. O conhecimento de causa, a habilidade dos músicos e o talento para
compor no estilo ficam evidentes na primeira audição.
Destilando técnica e
versatilidade, a banda consegue produzir composições trabalhadas, bem
exploradas, mas sempre objetivas. O mais importante é que não saem do limite e
não ficam ‘embramando’, e dão o ar do peso e da brutalidade com um feeling
pouco visto no estilo.
A alternância de ritmos
e quebradas é um dos grandes trunfos do Burn The Mankind que consegue
transmitir fúria de forma ímpar. Os riffs possuem uma agressividade fora do
comum, sendo a cozinha uma das mais pegadas e precisas que surgiram ultimamente.
Isso sem contar os urros de Pedro Webster (também baixista) que se assemelha
bastante aos vocais de Brett Hoffmann (Malevolent Creation).
Não bastasse a
qualidade das músicas, “To Beyond” possui uma produção de primeira linha que
soa atual sem ser tão pasteurizada como temos visto em muitas coisas por aí.
Mérito de Henrique Lopez que produziu e masterizou o trabalho. Não dá pra
arriscar os destaques, afinal é um disco pra ser ouvido inteiro.
9,0
Vitor
Franceschini
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