Décimo primeiro disco
de estúdio do Def Leppard. Apesar dos 36 anos de estrada, a banda até que
gravou pouco material inédito, mas sempre esteve em cena e lançou dezenas de
trabalhos em outros formatos, como ao vivo, coletâneas... Isso sem contar os
‘piratões’ por aí.
Quem conhece sabe que a
banda de Joe Elliot e cia. é ‘tripolar’, afinal começou na New Wave of British
Heavy Metal (NWOBHM), se tornou um dos ícones do Hard Rock ‘farofa’ mundial e
se enveredou sem dó pro lado comercial Pop. Fato é que sempre foram competentes,
apesar de não acertarem a cesta há quase quinze anos.
Neste primeiro álbum
auto-intitulado a banda surpreende e retorna aos seus tempos áureos como se
fosse logo ali. E, o mais surpreendente é como a banda conseguiu conectar isso
com os tempos atuais e não soar datada. Praticamente tudo, toda característica
da banda está neste álbum, até mesmo as mancadas de outrora.
A primeira faixa Let's Go chega e já parece um clássico
da banda, isto é, parece que os caras se ‘coverizaram’ e não é posto isso de
forma pejorativa, muito pelo contrário, a composição chama logo para embarcar
no disco que é de ótima qualidade. A segunda faixa, Dangerous, mantém a pegada, enquanto das seis primeiras faixas,
apenas Man Enough destoa das demais,
mas mesmo assim é uma ótima música com pegada Soul/Funk e um baixo de dar
gosto.
A balada We Belong dá um descanso e mostra-se
belíssima, parecendo uma trilha de algum filme dos anos 80. Em seguida Invincible e Sea of Love trazem o pique de volta e terminam esse início
arrasador do disco. Depois, “Def Leppard” cai um pouco de ânimo, mas não pela
falta de energia e sim de ‘feeling’, destacando apenas a pesada Broke 'n' Brokenhearted e a balada
acústica Last Dance.
Confesso que já não
esperava que o Def Leppard gravaria um disco tão característico e legal como
antes. Afinal, há uns 20 anos a banda não investia em algo ‘Hard’ de verdade e
com tanta energia. Com certeza “Def Leppard” marca um retorno, mas não soa
forçado. E o melhor de tudo? O selo brasileiro Shinigami Records
vai distribuir o trabalho por aqui.
8,5
Vitor
Franceschini
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