Você lê o release do
D’Hanks e tira uma conclusão: a música underground no Brasil não é o Metal, é a
música boa. O por quê? Porque a banda foi fundada em 2003, gravou três álbuns,
possui diversos prêmios e tocou pelo eixo Rio-São Paulo (a banda é de Volta
Redonda/RJ), além de fazer uma música excelente, e não está na grande mídia.
Bom, mesmo não sendo
nada mais do que óbvio o dito acima, vamos ao que interessa que é dar uma
destrinchada neste terceiro disco do quinteto fluminense. E o que temos em mãos
é um material de muito bom gosto, equilibrado e de músicos que realmente sabem
aonde pisam.
A banda opta por cantar
em português e investe em letras de cunho pessoal e reflexivas (às vezes soam
ate melosas, mas a maioria são bem interessantes). É curioso notar como o
português tem uma acentuação pop quando cantado de forma mais suave, afinal o
D’Hanks conta com Angélica Ribeiro no vocal que possui um timbre belíssimo que
segue a linha de divas como Elis Regina (sim, imagine se a rainha ‘brazuca’
cantasse Rock, mas guardadas suas devidas proporções), tendo como característica
própria um ar imponente e mais agressivo.
O instrumental tem uma
dose bem medida de peso que transita desde o Rock, passando pelo Hard Rock com
um pé no Metal (temos até guitarras gêmeas), mostrando uma técnica apurada dos
músicos e um ótimo senso de melodia. Tudo bem produzido, com timbre e captação
dos instrumentos excelentes, além de arranjos de muito bom gosto.
Deixa
Fingir (bem Metal essa), o primeiro single Ressurgir, a balada pegajosa Nova Solidão, Invisível (cantada pelo guitarrista Rogério – que manda muito bem
por sinal) e a faixa título são os destaques. Nesta versão que recebemos ainda há
duas faixas bônus que mantém a pegada do trabalho. Ainda há vídeos como bônus
em arquivo Adobe Flesh Player, o que é mais um ponto positivo pela divulgação
mássica do trabalho! O fato é que o D’Hanks é uma banda muito legal e consegue
fazer algo acessível e agradável.
8,5
Vitor Franceschini
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