Quando você pensa que o
nome da banda é estranho, aí você coloca o som pra rolar e vê que a alcunha é a
coisa mais normal do trabalho. Afinal, estes franceses além de se rotularem
Strange Music, mesclam praticamente de tudo (incluindo Rock e Metal) e fazem a
mais interessante salada musical dos últimos anos.
O lado positivo disso
tudo fica por conta de que, mesmo investindo em passagens sampleadas, a banda
utiliza muitos instrumentos ‘verdadeiros’. Enfim, de alguma forma a sonoridade
da banda é bastante orgânica, porém conta com uma produção atual e moderna.
Enquanto nas passagens
mais pesadas encontram-se guitarras distorcidas e riffs de qualidade, temos
quebradas atrás de quebradas, mudanças de ritmo constantes e arranjos pra lá de
intrincados. É difícil uma melodia ser terminada sem alguma interrupção
abrupta. Há elementos de hip hop, rap, avant-garde e até ‘spots’ no meio das
músicas, tendo um trabalho vocal bem diversificado, diferenciado e interessante.
Ali pro meio o ouvinte encontra até passagens Country mescladas com baião!
E se ouvinte pensa que
isso não soa característico, se engana, pois a banda não se perde e consegue
manter a essência durante o disco inteiro. Difícil mesmo é rotular o 6h33 e
parece essa realmente a intenção do grupo. Mas, tenha como referência Devin
Townsend, Mike Patton e a trilha sonora de um filme ‘quase’ alegre de Tim
Burton. Talvez isso seja o que chegue mais perto.
8,5
Vitor
Franceschini
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