Com um lançamento dessa
importância (feito nacionalmente pela tradicional Cogumelo Records), é
dispensável falar do significado do Sarcófago para o Metal extremo mundial e a
referência que se tornou. Fato é que “Die Hard” é um trabalho que expõe as
demos da banda, com direito a encarte onde o lendário Wagner Antichrist (Ex-vocal/guitarra)
comenta e explica a origem de algumas faixas.
Qualidade sonora aqui
não é o forte, afinal o que temos em mãos são demos oriundas do início da
década de 80 em diante, ou seja, nem mesmo trabalhos oficiais possuíam
gravações de ponta nesta época, principalmente aqui no Brasil. Mas, trata-se de
um material histórico que futuramente revelaria uma das bandas mais importantes
da cena mundial.
As quatro primeiras
faixas são da primeira demo auto-intitulada e traz como grata surpresa a música
Satanás cantada em partes em
português, o que surpreende. Uma versão diferente (liricamente) e mais
estendida de Nightmare também se
destaca. Da quinta a oitava faixa a segunda versão da mesma demo, com o mesmo
set list, mas algumas mudanças nas composições. É curioso notar como o som do
Sarcófago ainda estava sendo moldado e a banda apresentava resquícios de Thrash
Metal, principalmente nas interpretações vocais de Wagner.
Da faixa 9 a 12 quem dá
as caras é a famigerada e disputada demo “Satanic Lust” (1986) onde as
características dos mineiros já ficavam evidentes e o trabalho se aproximava do
que viria a ser o clássico “I.N.R.I.” (1987). Temos ainda a demo de “Black
Vomit”, hoje um dos maiores clássicos da banda, além da demo da própria I.N.R.I.
Ainda há a demo
“Christ’s Death” (1987) que traz a banda pisando firme no Death Metal, além de
“Alcoholic Coma” que foi lançada após o debut “I.N.R.I.” e gravada em um
ensaio, além de “Secrets Of A Window” e uma versão com instrumental com bateria
programada de Satanic Lust.
“Die Hard” é um
trabalho feito principalmente para registrar de vez a origem e background do
Sarcófago, além de proporcionar este conteúdo de forma legal ao fã. Então, sua
importância histórica é maior que a qualidade sonora e indicada aos fãs da
banda mesmo. De qualquer forma é sempre bom ter o nome Sarcófago em voga.
8,0
Vitor Franceschini
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