Não adianta negar, o
público Rock/Metal sempre fica apreensivo diante de um lançamento de uma banda
consagrada. Ok, o W.A.S.P. não é o Iron Maiden, muito menos o Metallica, mas a
banda de Blackie Lawless é um ícone do Hard ‘n’ Heavy e tem a carreira
consolidada. Por isso as críticas dos fãs dobram nesse caso e vêm de mãos dadas
com a mencionada apreensão.
Mas, “Golgotha” já
ganha em seu primeiro quesito, pois é um típico álbum do W.A.S.P. Tudo o que
caracterizou a sonoridade da banda e mais um pouco está ali, como guitarras
melódicas, mas com peso na medida certa, solos bem encaixados, cozinha simples
e consistente, além do típico vocal de Lawlees que aqui soa um pouco mais
polido e melódico, além do tradicional ‘chiclete’ que são as composições.
Destrinchando, temos um
disco em que a banda pouco arrisca em inovações, o que não significa algo ruim,
afinal se o W.A.S.P. criou uma identidade, ele pode fazer o que bem entender dela.
As músicas são bem estruturadas e estão com um nível de melodia acima dos
trabalhos anteriores, assim como um ‘quê’ de mais acessibilidade.
As bases de guitarra continuam
típicas, não tão distorcidas como de costume e os solos de Douglas Blair são
técnicos e melódicos, além de caírem como uma luva. Completando quase 20 anos
na banda, Mike Duda continua fazendo seu trabalho de forma simples e
consistente no baixo, assim como as linhas de bateria aqui a cargo de Michael
Dupke, que em “Golgotha” tocou como músico contratado.
Pra quem não sabe,
Lawless se converteu ao cristianismo e as letras abordam além de temas
relacionados à religião, também à política. Todas as composições são bem
bacanas, mas se o ouvinte estiver com pressa procure ouvir Scream, que abre o disco muito bem, Last Runaway, a belíssima balada Miss You e a sensacional faixa título. Alguns irão dizer e outros
até já disseram se tratar do mais do mesmo, só que mais do mesmo do W.A.S.P. é
bom pra caramba!
9,0
Vitor
Franceschini
Massa !
ResponderExcluirFiquei curioso pra sacar o álbum inteiro.