(EP
– 2015 – Nacional)
Independente
O Atlantis é aquele
tipo de banda que respira, come e vive o Metal oitentista. Mas, para quem pensa
que os garotos de Jaraguá do Sul/SC são mais uma formação que investe no retro-Thrash
se engana. O que manda aqui é o Metal tradicional com influências diretas da
NWOBHM.
Mas, iniciamos pegando
num ponto crucial e negativo aqui. Com a facilidade de se gravar um trabalho de
qualidade hoje é inaceitável produções de baixo nível. Mesmo que proposital ou
que a gravação permita uma avaliação certeira do trabalho, o Atlantis pecou
nisso com uma produção pobre e abafada, o que pode prejudicar no resultado
final. Até porque os timbres escolhidos e a captação tiraram o peso e o brilho
das composições.
Partindo para o lado
positivo temos uma banda que sabe aonde pisa e com um senso de composição
(mérito do guitarrista e vocalista Tino Barth) muito bom. As músicas possuem
linhas interessantes, variações de ritmo que não cansam o ouvinte, além de soar
tudo equilibrado.
Enquanto as guitarras
apostam em bases sólidas e solos muito bem desenvolvidos, o baixo de Felipe
França faz bem sua função evitando qualquer buraco. A bateria de Rubens Lamin é
executada com primazia. Os vocais de Tino estão bem encaixados e casam
perfeitamente com o estilo. Vale lembrar que atualmente a banda conta com Jonathan
Odorizzi (baixo) e Bruno Eggert (bateria)
Flight
Malaysia e Summoning
the Witch são os grandes destaques, sendo que ainda há um cover fiel para Angel Witch da banda britânica homônima.
Não fosse o percalço da produção com certeza teríamos um trabalho que
representaria bem o estilo proposto, porém é algo que pode e deve ser
consertado facilmente nos lançamentos futuros.
7,0
Vitor
Franceschini
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