(2015
– Importado)
Independente
Poucas bandas chilenas,
quase nenhuma, talvez nenhuma mesmo tenha algum destaque dentro do cenário
metálico brasileiro. Azar do nosso público, já que da terra dos Andes vêm
bandas de diversos estilos (principalmente de Metal extremo) que primam por
qualidade dentro do Rock/Metal. Necrosis e Nuclear são grandes exemplos.
Fazendo jus à fama de
sua terra, mas fugindo um pouco do lado agressivo, a banda Egregor chega a este
seu primeiro disco, “Karma”, e trilha pelos lados do Prog Metal. Mas, o grupo
comandado pela cantora Magdalena Opazo não se restringe somente a isso e mantém
seu leque aberto a outras influências.
Falando em Magdalena,
como é bom ouvir vocalistas que investem em seu timbre natural, não forçam e
encaixa suas linhas com perfeição. Sem exageros, a moça é um dos grandes
destaques, sendo que ainda conta com apoio de ‘backings’ masculinos (não
mencionados) que ajudam a destacar a cantoria no álbum.
O instrumental traz
guitarras corretas que equilibram o peso com a técnica e que não exageram na
melodia, dando certa agressividade às músicas. A cozinha dá o ritmo variado das
composições, tornando a audição de “Karma” algo prazeroso pelo fato de não soar
cansativo.
Incluindo elementos
acústicos e típicos dos Andes em seu som, a banda opta por cantar em sua língua
pátria (espanhol) e consegue ser ainda mais criativa, além de abrangente. A
produção do disco atende a média dos dias de hoje, deixa o som atual, mas não
tão pasteurizado como muitos por aí. Disco pra ouvir inteiro, mas se quiser
começar por Infexion, Ritual ou Metamorfosis irá ‘gamar’ antes.
8,5
Vitor
Franceschini
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