(2016
– Nacional)
Nuclear
Blast/Shinigami Records
Os italianos do
Fleshgod Apocalypse chegam ao seu quarto disco como os maiores expoentes do
Metal extremo de seu país na atualidade. Porém a banda vai muito além da
extremidade e alia-se à modernidade e a elementos sinfônicos que tornam seu som
pomposo e cheio de grandiosidade.
Definitivamente o grupo
não é mais aquela banda técnica e melódica de Death Metal e hoje soa
praticamente inrotulável. Na temática, optaram por utilizar o medo e a
corrupção dos seres humanos, e como isso afeta toda a sociedade. A banda sabe
soar metafórica e abordar tais assuntos com muita habilidade.
Voltando à sonoridade,
temos uma banda extremamente moderna. Não, o grupo não se utiliza de
sonoridades mecânicas, mas aproveita o que tem de melhor na tecnologia soando
em alguns momentos até envernizado demais. O fato é que optam por tais recursos
e os encaixam bem à sua proposta.
O mais importante é que
a banda não deixa de soar agressiva e investir no peso é um dos princípios,
afinal ouvimos riffs bem encaixados, uma bateria extremamente técnica seguida
por um baixo que não deixa buracos. Falando em buracos, a banda nunca
demonstrou tanto incremento nos arranjos que soam clássicos, épicos, eruditos e
operísticos, causando uma pompa magistral ao disco e contrastando perfeitamente
com a agressividade.
O trabalho vocal também
teve atenção especial, há gutural, passagens quase limpas e coros eruditos,
além das passagens belíssimas a cargo da soprano Veronica Bordacchini. Destaque
para as faixas In Aeternum, Cold As
Perfection e para a sequência impressionante de And the Vulture Beholds, Gravity, A Million Deaths e Syphilis, além é claro da belíssima peça
de piano que dá nome ao disco e encerra o trabalho. Grandioso!
8,5
Vitor
Franceschini
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