(2016
– Nacional)
Nuclear
Blast/Shinigami Records
Os jovens prolíficos
finlandeses do Lost Society chegam ao seu terceiro álbum e quem venerou os
discos anteriores terá surpresa ao ouvir “Braindead”. Afinal, o grupo de Jyväskylä
ousou, deu uns passos à frente e, mesmo mantendo sua essência, adotou elementos
atuais.
Não, a questão não é se
vender ou seguir tendências. O fato é que o Thrash Metal do grupo soa um pouco
pasteurizado, ganhou doses homeopáticas de melodia, além de revelar uma faceta
alternativa exclusiva apenas em algumas composições das nove aqui presentes.
Os fatos já se fazem
presentes na primeira faixa I Am the
Antidote. Cadenciada e burocrática, a música traz um refrão bem acessível,
além de guitarras bem redondinhas (quadradas para alguns) e limpas para os
padrões do Thrash. Tal fato se repete (não necessariamente com identicidade) em
faixas como Riot e Only (My) Death Is Certain, esta última
muito bem trabalhada e uma das mais versáteis da banda.
As pedradas ficam por
conta de Mad Torture e Rage Me Up, faixas velozes que mais se
assemelham às antigas, mas que ainda contam com o amadurecimento natural da
banda. Tais mudanças (ou evolução, como queiram) não significam algo de ruim,
pelo contrário, temos riffs de qualidade, solos bem encaixados e composições
acima da média.
Fato é que o Lost
Society resolveu sair da mesmice e quem esperava algo na linha dos trabalhos
anteriores pode se decepcionar. Vale lembrar que ainda há um cover para P.S.T. 88 do Pantera, além de uma outra
versão para Terror Hungry e uma faixa
escondida ao vivo.
8,0
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário