(2015
– Nacional)
Nuclear Blast/Shinigami
Records
Pelo menos este redator
vê como heresia rotularem o Soilwork como Metalcore atualmente. Não sendo
pejorativo com tal gênero, e nem negando que a banda se utilizou de elementos
do mesmo em seu último álbum, mas os suecos estão longe de focarem suas
composições nisso.
“The Ride Majestic”,
décimo álbum de estúdio da banda, pode ser uma resposta a tal fato. Além de um
leve retorno às raízes do grupo, o trabalho mostra que os suecos são muito mais
abrangentes e sem sombras de dúvidas são um dos principais nomes do Melodic
Death Metal atual, senão o maior.
Não que o novo trabalho
soe totalmente dentro do estilo, até porque a banda criou uma identidade
própria e talvez viva o ápice disso. O fato é que exploram o estilo e a isso
aliam melodia e elementos do Metal alternativo, sem soar tendencioso e mantendo
a agressividade necessária.
Por falar em melodia, o
grupo enfatiza bem esse quesito no álbum principalmente em se tratando de solos
de guitarras. Guitarras que não contam mais com a execução de Peter Wichers, um
dos principais membros da banda e que deixou o grupo pela segunda vez. Tão
menção se deve ao fato de o músico não fazer muita falta neste trabalho. Aliás,
outro que deixou a banda logo após as gravações foi Ola Fink, que foi
substituído por Markus Wibom.
Se não é o disco mais
rápido do Soilwork, “The Ride Majestic” trouxe certo dinamismo de volta à banda
e possui composições com menos variação rítmica, além de mais objetividade. Na
questão peso a banda tirou um pouco o pé, mas as músicas não perdem em
agressividade.
Björn "Speed"
Strid mostra uma de suas melhores performances, encaixando bem suas linhas com
uma versatilidade que vai do rasgado, passando por gritos e vozes limpas de
forma bem natural. Destaque para as faixas The
Ride Majestic, Enemies in Fidelity, Petrichor by Sulphur, The Phantom (com
uma intro a lá Black Metal e participação de Pascal Poulsen do Odium), a balada
pesada Whirl of Pain e a alternativa Shining Lights. Ainda há participação de
Nathan James Biggs (Sonic Syndicate) na música Father and Son, Watching The World Go Down e a versão nacional
conta com duas bônus. Corra atrás do seu!
8,5
Vitor
Franceschini
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