(2016 – Nacional)
Independente
Vamos imaginar que, se
no começo de sua carreira o Metallica resolvesse investir mais em suas influências
clássicas da NWOBHM adicionando mais elementos do gênero em seu estilo. Talvez
o resultado seria este que se ouve em “The Death”, primeiro disco da banda
paulista The Goths.
Mas, antes que o
ouvinte ou até mesmo a própria banda tirem conclusões precipitadas, isso não
quer dizer que a banda é uma cópia. Até porque apenas os vocais de Felipe
Disselli (também guitarrista) e alguns riffs se assemelham a James Hetfield e
sua trupe, sendo que a banda possui uma melodia e modernidade diferenciadas.
Aliás, a produção a
cargo de Renato Napty no Soul Studio é primorosa e traz a banda direto aos
tempos atuais, sem soar plastificada demais. Voltando ao conteúdo musical,
temos um grupo coeso, com trabalho de guitarras excelente (ótimos solos e nada
exagerados), além de uma cozinha com pegada e linhas sólidas.
Outro grande trunfo é a
levada interessante das músicas que não soam nem velozes e nem cadenciadas demais,
o que dá um destaque tremendo aos riffs e coloca o trabalho em outro patamar. Com
uma média de quatro minutos por música, o The Goths se mostra objetivo também.
São oito composições em
cerca de 35 minutos, sendo que se destacam The
Death, Killing Your Fate, a belíssima ‘power ballad’ Waiting For Changes e Strange
Way Of Living, sendo essa última a mais versátil do trabalho. Bela largada
da banda de Campinas, agora é colher os frutos.
8,5
Vitor
Franceschini
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