(2016
– Nacional)
Shinigami
Records
Ao iniciar a pesquisa
para fazer a resenha da Nervosa (banda que acompanho há uns 4 anos) me assustei
ao ver que o trio só tem 6 anos de fundação. Em minha mente o grupo hoje
formado por Fernanda Lira (vocal/baixo), pela fundadora Prika Amaral (guitarra)
e Pitchu Ferraz (bateria) já chegava a uns 10 anos de estrada.
O por quê? Bom, simplesmente
pelo patamar que o grupo atingiu não só na cena, mas musicalmente e de
amadurecimento. Afinal, a Nervosa é uma banda que cresceu dentro de sua própria
jornada até então, tal amadurecimento foi crescendo sem a banda parar de andar
pra frente, se é que o leitor me entende.
“Agony” prova tais
fatos e já coloca a banda como uma das principais do Thrash Metal nacional na
atualidade e isso sem discutir gênero masculino ou feminino, afinal, não dá pra
se ter uma noção pra qual lado pende a sonoridade da banda, pois música não tem
sexo. Fato é que as garotas estão tinindo e cada uma exerce sua função com
maestria.
Fernanda continua
segura, destilando suas linhas de baixo com simplicidade e precisão. O fato é
que ela está cantando muito e encaixando seu rasgado perfeitamente às
composições sem querer soar como homem, pelo contrário, mantendo sua essência e
origem feminina, soando demoníaca e raivosa, como deve ser.
Enquanto Pitchu
(ex-Ajna, Hellsakura) destrói seu kit, impondo pegada e velocidade com uma boa
técnica, Prika realmente se mostra o destaque individual. Uma máquina de fazer
riffs, a mulher consegue impor identidade às suas bases que carregam certo teor
Punk e uma rispidez que mexe com os nervos do ouvinte.
O conjunto da obra
mostra uma produção primorosa e no ponto, a cargo de Brendan Duffey, com
mixagem e masterização de Andy Classen. Praticamente todas as músicas têm algo
em especial, sendo que soam enérgicas, pesadas e com refrãos fortes, algo que
faz com que destacar uma ou outra se torne torturante. Mas Arrogance, Failed System e Hostage
são sensacionais, além de Guerra Santa,
uma das melhores faixas em português já criadas no Metal e sua pegada quase
Death Metal. Um soco na cara!
9,0
Vitor
Franceschini
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