(2016
– Nacional)
Shinigami
Records
Desde que resolveu
pegar o seu sobrenome e transformar em banda, o cantor Jeff Scott Soto não
perdeu tempo e em pouco mais de um ano soltou dois trabalhos oficiais. O debut “Inside
The Vertigo” (2015) apresentou a nova proposta da banda ao mundo e este novo “Divak”
veio consolidá-la.
Sem dúvidas esta é a
fase mais pesada de Soto que já integrou diversas bandas (sendo as principais
Yngwie Malmsteen, Talisman e Journey), além da mais moderna. Mas, não se engane
achando que o que temos aqui soa tendencioso, até porque a roupagem é bem atual
com músicas que nos remete a estilos das antigas, como o Hard, o Heavy e o
Progressivo.
Os ritmos ‘grooveado’
como Soul e Funk – gêneros que sempre andaram ao lado de Soto - se fazem
presentes, mas de uma forma mais leve, quase que homeopática. Porém, ajudam
muito a situar a musicalidade do trabalho, o diferenciando das coisas tão
comuns que costumamos ouvir atualmente.
As guitarras do disco,
a cargo do brasileiro BJ (também tecladista) e Jorge Salan, soam agressivas, porém
com um timbre um tanto quanto envernizado demais (aliás, a produção se excedeu
nesse quesito). Mas é impossível não admirar os riffs bem desenvolvidos e os
solos bem encaixados e nada exorbitantes.
A cozinha é um show à
parte, com uma pegada certeira na bateria de Edu Cominato (mais um brasileiro)
e do baixista David que traz linhas concisas, que ao invés de apenas segurar a
onda, acrescenta na sonoridade da banda. É chover no molhado dizer que Soto
está cantando como nunca, encaixando seu ‘vozerão’ bem como sempre e até soando
um pouco mais agressivo aqui.
A produção soa
extremamente atual e, como disse anteriormente, até um tanto ‘envernizada’.
Mas, dizer que isso é um defeito é injustiça, afinal a qualidade é acima da média
e só os ouvidos mais radicais não conseguem assimilar. O fato é que “Divak” é
um disco legal pra caramba e tomara que Jeff Scott Soto mantenha esse projeto
por muito tempo.
8,5
Vitor
Franceschini
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