A seção InteraBanger do
Blog Arte Metal, além de procurar inovar e tirar o veículo de certa rotina, tem
o intuito de interagir com o leitor, músicos e especialistas no assunto sobre
álbuns polêmicos ou não de bandas já consagradas e relevantes. Outros assuntos
relativos às bandas ‘mainstream’ (ou nem tanto) também serão comentados
esporadicamente.
Os italianos do Lacuna
Coil há algum tempo vêm moldando seu som de uma forma mais Alternativa e talvez
tenha chegado ao ápice disso com seu novo trabalho, “Delirium”. A banda que
surgiu e conquistou status de um dos ícones do Gothic Metal, hoje enfrenta a
resistência de alguns, mas ganha força mais abrangente. Confira o que o pessoal
achou de seu novo disco.
“Muito estranho. No meu
franco ponto de vista ate o penúltimo álbum duplo a banda tinha uma maior
afinidade. Depois que se desmembrou, as músicas se tornaram ocas de certa forma,
mais sem graça, só isso!” (Fernando Faria Maciel, leitor – Paracatu/MG)
“Olha, eu ouvi uma
música na net, mas não curti... Na verdade o último disco que eu curti do
Lacuna foi o “Comalies” (2002), depois foi ficando tudo meio americano e
genérico demais. NA MINHA OPINIÃO.” (Rodrigo Balan, Metal Media - http://www.metalmedia.com.br/)
“Bem, é um bom disco
que, apesar de soar um pouco repetitivo, cumpre bem seu papel de mostrar uma
sonoridade mais moderna. Destaco
The House of Shame, Take me Home e Claustrophobia. De qualquer forma, “Delirium” está
longe de ser um grande álbum, e com a avalanche de ótimos lançamentos da música
pesada em 2016, tende a passar batido.” (Paulo Pontes, jornalista –
Valinhos/SP)
“Vou destoar da maioria
que não curtiu o álbum. O Lacuna Coil sempre teve uma pegada mais comercial, só
que fazia isso sem fugir muito de uma receita mais tradicional e por mais que
as vezes fechemos os olhos, a fórmula já estava começando a demonstrar
saturação no “Comalies” (que é ainda sim, um belo álbum). Com “Karmacode”
(2006) começaram a buscar novas alternativas e sim, a modernizar seu som, o que
não é crime algum e finalmente com o “Delirium” conseguiram acertar a mão
dentro do que buscavam faz tempo. É um trabalho muito mais coeso que os
anteriores, que flui de forma bem natural, com melodias que dão um apelo
comercial, mas sem abrir mão do peso e de uma dose de agressividade. Aliás,
acho “Delirium” o trabalho mais pesado do Lacuna Coil. E, ao meu ver, as
melodias Góticas/Atmosféricas do passado estão presentes em “Delirium” e ele me
soa como se o Korn tivesse se juntado ao Lacuna Coil para regravar o “Comalies”.
Consigo compreender quem não curtiu o mesmo, mas gostei demais desse novo álbum
e ele me surpreendeu positivamente!” (Leandro Vianna, A Música Continua a Mesma
- http://musicacontinuaamesma.blogspot.com.br/)
“Sou suspeito pra
falar, pois esta é uma de minhas bandas favoritas, mas particularmente gostei
bastante deste álbum. Essa influência 'americanizada' já acompanha a banda
desde o "Karmacode", portanto não é novidade alguma. A primeira
faixa, The House of Shame, é
pesadona, com riffs quebrados, talvez seja por causa dela que estão dizendo que
parece 'Metalcore', mas se ouvirem realmente vai notar que ela tem momentos bem
'Doom'. A segunda, Broken Things já
vem com essa pegada Nu Metal, e é uma de minhas favoritas. A interpretação da
Cristina Scabbia tá linda e o refrão é grudento. A faixa-título, apesar do
refrão simples, é mega pegajoso (no bom sentido) e fica na cabeça. Uma outra
que curti bastante foi Downfall, pois
possui um clima melancólico, bem do jeito que eles sabem fazer muito bem. Se eu
falar mais será praticamente uma resenha completa (risos). Mas, eu acho que
eles relembraram a fórmula do "Karmacode" e acrescentaram mais
algumas coisas. Ah, não posso deixar de comentar sobre o Andrea Ferro voltar a
cantar rasgado/gutural em algumas músicas, adorei.” (Julio Feriato, Heavy Nation - http://heavynation.blogosfera.uol.com.br/)
“Gostei da música
título, me lembrou o passado deles. Tem outras duas músicas que me chamaram a
atenção pelo peso e pelo fato do Andrea estar a frente dos vocais na maioria
das vezes. Mas em outras faixas está muito Alternativo/Metal Core, o que pouco
me atraiu. Mas é o melhor lançamento deles em anos.” (Rafael Sade, tecladista
da Helllight –
“Bom sou suspeito pra
falar da banda, sou fã e sempre gostei muito dos primórdios da banda... houve
mudanças no som. Uma, digamos, modernização em alguns álbuns de uma forma
exagerada. Mas nesse a banda conseguiu o equilíbrio perfeito entre o som mais
antigo e o atual. Simplesmente perfeito!” (Fernando Junior, leitor – Rio de
Janeiro/RJ)
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