(2016 – Importado)
Ellefson
Music Productions
“Vampiro” é o décimo
disco de estúdio e o vigésimo trabalho no geral dos norte-americanos do
Helstar, banda que é devota do Metal tradicional há ‘somente’ 35 anos e que
conseguiu superar vários obstáculos que o estilo enfrentou nessas mais de três
décadas.
Talvez o motivo disso
seja o fato de o grupo conseguir se adaptar ao tempo sem se vender às
tendências e, ainda assim, conseguir manter suas características sem forçar
nada. O primeiro quesito é que a banda foge de saudosismos desnecessários, faz
com que sua proposta soe natural e deixa fluir seu Metal com toques de Speed
Metal.
Na temática de
“Vampiro” o óbvio que o nome já entrega, sendo que a banda havia abordado tais
assuntos em seus álbuns clássicos como “Burning Star” (1984), “A Distant
Thunder (1988) e “Nosferatu” (1989). Porém, em termos de som a coisa aqui soa
mais para os tempos atuais.
O eterno vocalista
James Rivera continua um cantor e tanto, equilibrando suas linhas de forma
impecável e mostrando interpretações emotivas. O instrumental soa trabalhado,
com variações de riffs palhetados, cavalgados e bases mais sólidas, sendo os
solos bem encaixados e trazendo melodia extra.
A cozinha mostra um
trabalho coeso e preciso, trazendo a variação rítmica necessária, que é um dos
elementos fortes do disco. Tudo com uma produção atual, mas que não soa
exagerada e dá uma roupagem contemporânea às músicas. Vale destacar que Bill Metoyer
(Slayer, W.A.S.P., Armored Saint) cuidou da mixagem.
O único ‘porém’ de
“Vampiro” é a sensação de que falta algo nas músicas. Não, são composições de
altíssimo nível e execução, mas depois de várias audições nenhuma empolga como
deveria, nenhuma soa marcante como deveria. Mas, “Vampiro” é um disco que causa
mais prazer do que algo negativo ao ser ouvido e traduz bem como o Heavy Metal
atual deveria soar.
8,0
Vitor
Franceschini
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