(2016
– Nacional)
Cemitério
Records
E os ‘grindeiros da
roça’ estão de volta com seu segundo trabalho, depois de um considerável
sucesso do debut “Nossa Grindroça Queria” (2015) – principalmente pela
despretensão inicial. Aqui, o duo Dito (vocal/guitarra) e Bento (bateria) marca
seu território, mantém suas características e adiciona novos elementos ao seu
barulho.
Como a ‘banda’ sempre
fez questão de demonstrar, a pegada aqui tem foco no Grindcore, mas como seus músicos
possuem um gosto versátil dentro do Metal extremo, há mais elementos
incorporados às composições deste novo disco. Disco que possui uma produção
acima de seu antecessor, realizada no Estúdio Távola, em Araraquara/SP.
O Grindcore obviamente
se faz presente com muita maestria. Mas, em meio à fábrica versátil e prolífica
de riffs, o Crust que aparecia em músicas passadas sai um pouco de cena, dando
lugar a boas referências ao Death Metal (o título do disco entrega o jogo). Tal
fato faz com que o novo trabalho soe um tanto quanto mais obscuro e carregado.
Bento está cada vez
melhor na bateria, explorando ainda mais seu kit e mantendo uma precisão boa
quando se necessita de velocidade, isto é, na maior parte do tempo. Falando em
velocidade e versatilidade, a variação rítmica e quebradas aqui aparecem com freqüência,
sendo que Dito tá urrando e berrando ainda melhor.
As letras são uma aula
de agronomia, engenharia florestal e ambiental, mas é bom ler o encarte, já que
Dito não às explica com muita clareza. Apesar da tonalidade mais séria das
músicas e um clima mais denso, o bom humor ainda continua n’os Capial, é só
conferir os dois clipes que já lançaram nesse álbum para as faixas Garrafada de Galinha e Tatu-Bola. Ainda se destacam Aeração, Cercospora, Jusante e NPK.
8,0
Vitor
Franceschini
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