(2016 – Nacional)
Shinigami Records
Em 2016 Tarja Turunen,
a eterna ex-Nightwish, anunciou que lançaria dois álbuns devido a grande
quantidade de composições que tinha guardadas. Este “The Brightest Void” foi o
primeiro lançamento e chega agora ao mercado nacional, graças à gravadora Shinigami
Records. O outro disco é “The Shadow Self”, lançado no
último dia 5 de agosto.
“The Brightest Void”,
apesar de ser considerado como um disco de inéditas, traz covers e versões
adaptadas das músicas de Tarja, o que o torna um trabalho interessante e
indicado realmente aos fãs da cantora. As novas composições trazem uma aura
mais densa e até uma pegada Rock and Roll.
Isso fica claro já na
trinca inicial, sendo que a já conhecida do público – pois foi apresentada nos
shows e o primeiro single (com clipe e tudo) – No Bitter End traz uma energia contagiante e serve perfeitamente
para abrir o trabalho. Essa energia é mantida em Your Heaven And Your Hell, que conta com participação de Michael
Monroe (ex-Hanoi Rocks) e uma inclusão sensacional de saxofone que permeia uma
música empolgante.
Fecha a trinca Eagle Eye que traz Chad Smith (Geezer, Red Hot
Chilli Pepers) na bateria e o irmão de Tarja, Toni Turunen, que faz dueto com a
cantora em uma composição belíssima e mais a cara dos discos anteriores. Depois
disso o trabalho cai um pouco no comum, mostrando composições mais sinfônicas e
atmosféricas, incluindo An Empty Dream
que foi música tema do filme 'Corazón Muerto' e também já era conhecida do
público.
Shameless
é
uma das composições inéditas e mais pesadas da carreira de Tarja. Há ainda uma
versão modernizada para Witch Hunt,
um cover para House of Wax de Paul
McCartney, uma versão bem particular para Goldfinger
(tema do filme de James Bond) e Paradise
(What About Us?), faixa na qual Tarja fez participação especial com o Within
Temptation no álbum “Hydra” (2014).
A relação Tarja mais
Rock/Metal, que parecia não ser duradoura após a saída do Nightwish, vai muito
bem e este trabalho prova isso. O melhor de tudo é que a cantora finlandesa soa
mais natural e à vontade cantando o estilo, o que nos livra de exageros
cometidos em um passado não muito distante. Pode conferir sem medo.
8,0
Vitor Franceschini
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