quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Tarja – “The Brightest Void”

(2016 – Nacional)
                                            
Shinigami Records

Em 2016 Tarja Turunen, a eterna ex-Nightwish, anunciou que lançaria dois álbuns devido a grande quantidade de composições que tinha guardadas. Este “The Brightest Void” foi o primeiro lançamento e chega agora ao mercado nacional, graças à gravadora Shinigami Records. O outro disco é “The Shadow Self”, lançado no último dia 5 de agosto.

“The Brightest Void”, apesar de ser considerado como um disco de inéditas, traz covers e versões adaptadas das músicas de Tarja, o que o torna um trabalho interessante e indicado realmente aos fãs da cantora. As novas composições trazem uma aura mais densa e até uma pegada Rock and Roll.

Isso fica claro já na trinca inicial, sendo que a já conhecida do público – pois foi apresentada nos shows e o primeiro single (com clipe e tudo) – No Bitter End traz uma energia contagiante e serve perfeitamente para abrir o trabalho. Essa energia é mantida em Your Heaven And Your Hell, que conta com participação de Michael Monroe (ex-Hanoi Rocks) e uma inclusão sensacional de saxofone que permeia uma música empolgante.

Fecha a trinca Eagle Eye que traz Chad Smith (Geezer, Red Hot Chilli Pepers) na bateria e o irmão de Tarja, Toni Turunen, que faz dueto com a cantora em uma composição belíssima e mais a cara dos discos anteriores. Depois disso o trabalho cai um pouco no comum, mostrando composições mais sinfônicas e atmosféricas, incluindo An Empty Dream que foi música tema do filme 'Corazón Muerto' e também já era conhecida do público.

Shameless é uma das composições inéditas e mais pesadas da carreira de Tarja. Há ainda uma versão modernizada para Witch Hunt, um cover para House of Wax de Paul McCartney, uma versão bem particular para Goldfinger (tema do filme de James Bond) e Paradise (What About Us?), faixa na qual Tarja fez participação especial com o Within Temptation no álbum “Hydra” (2014).

A relação Tarja mais Rock/Metal, que parecia não ser duradoura após a saída do Nightwish, vai muito bem e este trabalho prova isso. O melhor de tudo é que a cantora finlandesa soa mais natural e à vontade cantando o estilo, o que nos livra de exageros cometidos em um passado não muito distante. Pode conferir sem medo.


8,0

Vitor Franceschini


Nenhum comentário:

Postar um comentário