(2016
– Nacional)
Independente
Síndrome de Estocolmo é
o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a
um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento
de amor ou amizade perante o seu agressor. A síndrome de Estocolmo parte de uma
necessidade, inicialmente inconsciente.
Se a definição aí acima
foi associada com o que nosso país faz com sua população, o leitor acertou na
mosca. Mas, “Síndrome de Estocolmo” também é o segundo trabalho do Eu Acuso! e
tem a difícil missão de superar o debut “Liberdade Presumida” (2013), que
abalou as estruturas da música alternativa.
Mas, se ao menos não
supera, consegue atingir a qualidade de seu antecessor e, para parar com as
comparações, o novo trabalho traz a banda naturalmente mais redonda, além de
uma produção mais bem lapidada. As características próprias estão mantidas,
mostrando uma evolução natural.
A mescla de Metal,
Hardcore e Hip Hop ainda é o maior foco, mas não dá pra dizer que a banda força
isso. Enquanto destila riffs dignos do Thrash Metal, a se utilizam de levadas
típicas do Hardcore nova-iorquino e com linhas vocais que parecem vir
diretamente das ruas.
Falando em ruas, as
temáticas continuam de protesto, indagando e refletindo sobre a nossa sociedade
doente de forma muito inteligente. Destaque para as faixas Síndrome, Marcha dos Patifes (refrão poderoso!) e a mais Metal Nações. Banda experiente, som de gente
grande...
8,5
Vitor
Franceschini
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