(2016 – Nacional)
Independente
Foram longos quatro
anos desde o lançamento de “The Life and War” (2012), debut dos são-carlenses
da Heroes of War que já mostrava o Heavy Metal tradicional da banda
influenciado por nomes como Grave Digger e Accept. Tudo bem feito e com um
cuidado digno do estilo.
Estes quatro anos se
apresentando ao vivo e lapidando a sonoridade da banda fez muito bem ao
quinteto, afinal o que já era bom ficou ainda melhor e da melhor maneira. Pois,
nota-se em “Saints and Sinners” uma evolução natural, técnica apurada, músicas
bem compostas e as características (além das influências) mantidas.
As referências
continuam sendo o Metal tradicional alemão, fato que a banda nunca escondeu,
mas com aquela procura por algo próprio, o que dá certo em certos momentos. O
mais importante é que a banda sabe onde pisa e consegue ser empolgante durante
os 46 minutos de música do álbum.
Diante de uma produção
muito acima da média dos padrões atuais – mérito de Cesar Bottinha no Le Boot
Studio – o grupo consegue destilar uma sonoridade bem timbrada, com os
instrumentos bem distribuídos, sendo que os riffs possuem o peso necessário,
com solos melódicos na medida certa e soam variados. O baixo se desprende das
linhas comuns enfatizando esse peso e a bateria é bem explorada e versátil.
Não tem como não
comparar os vocais de Glauber Fontanna com os de Chris Boltendahl (Grave Digger),
pois o cantor faz questão de seguir essa linha, inclusive nos agudos e momentos
mais brandos. Mas, nada tira o mérito desse profissionalismo absurdo (inclusive
na parte gráfica) da Heroes of War neste seu segundo disco, sendo que se deixar
influenciar por um baita vocalista desses não é nada mal.
Destaque para a
cadenciada e soturna faixa título, Hellfire
AGM 144, Smell of Death e a balada acústica Coming Home que prova a ousadia da banda. Sem nenhum exagero, se
pegarmos “Saints and Sinners” e colocarmos lado a lado a lançamentos recentes
do Metal tradicional, não fica devendo nada e soa até superior a muita coisa
que tem sido lançada por gigantes aí...
9,0
Vitor
Franceschini
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