(2016
– Nacional)
Independente
Quando a experiência
atinge certo ponto em uma banda, nada pode abalar suas estruturas se houver
vontade de tocar. Um grande exemplo disso é este novo trabalho da banda
paulista Gammoth, que sai 12 anos após o primeiro full-lenght (vale lembrar que
neste meio teve o EP “Caro Data Vermibus” de 2013) e que mostra que a o
quarteto sempre se manteve antenado.
Adeptos do Death Metal
e todas as suas facetas, em “Obliterate” o grupo de Leme/SP continua com sua
fórmula firme e forte. Claro que mostrando aquela típica evolução natural e um
enorme entrosamento, já que os integrantes estão juntos desde a fundação, só
estreando o baterista Renato Fialho, que chegou em 2013.
O trabalho se mostra o
mais versátil e incrementado, aliando técnica e pegada na medida certa, sem
exageros em momento algum. Durante a audição do disco, o leitor/ouvinte
perceberá que há a brutalidade atual do estilo, assim como a morbidez que
consagrou o Metal da morte no seu início.
O disco praticamente se
divide em duas partes, sendo mais objetivo na primeira metade. Objetividade
esta que demonstra mais velocidade e agressividade, mostrando precisão da
cozinha e um trabalho intenso e variado das guitarras. Falando em variação, as
três faixas que fecham o disco mostram algo mais burocrático, porém não menos
interessante.
Fato é que as
composições que fecham “Obliterate” mostram a evolução da banda, com variação
rítmica e uma aura mais viajante, com destaque para a faixa que fecha o
trabalho, Hydrophobia. É claro que
ainda há mais destaques como In Bloodshed
We Will Meet, Cry Havoc e a atípica Undepictable
Embodiment of Chaos.
Atenção também para os
vocais de Ulysses Carvalho (também baixista), a produção sonora acima da média e
uma arte gráfica que une bom gosto e simplicidade, o Gammoth consegue soltar um
trabalho que merece atenção e tem no conjunto da obra algo mais que positivo.
8,5
Vitor
Franceschini
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