(2017
– Nacional)
Monstros
Discos
Nem vou voltar naquele
discurso de o Rock nacional sobrevive e com muita coisa boa no underground,
basta procurar, até porque desde o início das resenhas nesse blog isso vem à
tona. Fato é que o Canábicos, banda paralela do guitarrista do Uganga, Murcego
González, é mais uma prova disso.
Porém, não podemos
classificar a banda como Rock Nacional (aquele mais acessível, quase Pop que
adentrou ao cenário nos anos 80) só por cantar em português. Afinal, temos aqui
um instrumental pesado, que trilha os caminhos do Classic Rock e Hard Rock.
A produção, a cargo de
Gustavo Vazquez, ajudou a enriquecer a qualidade do trabalho, assim como a
excelente escolha dos timbres dos instrumentos que mostram um equilíbrio raro
de se ver atualmente, além da naturalidade em que a musicalidade flui. Tudo
unindo boa técnica e feeling na medida certa.
Claro que o leitor deve
estar se perguntando sobre o nome da banda, que nos remete de cara à tão
cultuada ‘marijuana’, e se este nome reflete na sonoridade. Nem tanto, mas as
letras de forma inteligente se relacionam com o tema, porém os mais atentos
perceberão. Aliás, as letras não falam somente disso e abordam rotinas que
vivemos na sociedade.
Planeta
Estranho, Intenso, Lei do Cão e Eu Não Sei O Que Vai Ser De Mim são os destaques do disco que
merece ser digerido devagar, pois traz prazer tanto reflexivo, quanto musical.
Se está a fim de pegar uma carona com Rolling Stones, passar na casa do Black
Sabbath e por fim pegar um Kiss desmascarado, esse é o caminho.
8,5
Vitor Franceschini
Gostei.
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