(2017
– Nacional)
Shinigami
Records
Único remanescente do
trio de ferro do Rock and Roll (ou até do Metal, se preferir), o Deep Purple
tem nos agraciado com um senso criativo elevadíssimo e álbuns interessantes nos
anos 2000. A banda soa até prolífica, ainda mais pra quem está na ativa há
tanto tempo.
“Infinite” mostra um
vigor interessante e músicas ainda melhores, preservando as características do
grupo e mostrando que estão se adaptando às suas condições como poucos. Isso se
dá principalmente com o vocalista Ian Gillan, que já não é mais o mesmo e
contou com uma tirada de pé de seus colegas de banda, fato que é totalmente
compreensível, pois voz é algo físico e natural, que o tempo também deteriora.
É de se destacar a
energia das composições e o poder de atrair o ouvinte já na sua primeira
audição, coisa que não vinha acontecendo nos anteriores. Talvez a simplicidade
e objetividade das novas músicas sejam o principal fator, porém, a execução das
mesmas mostra uma banda com técnica e ‘feeling’ impecáveis.
Agora, sejamos justos,
já que Gillan, Ian Paice e Roger Glover dispensam apresentações. Impressiona o
trabalho de Don Airey neste disco. Com arranjos magníficos de teclados, o cara
consegue conduzir de forma empolgante suas linhas, o que não é fácil em um
instrumento como este dentro do Rock. Praticamente todas as músicas são
enriquecidas com suas passagens.
Claro que Steve Morse
também mostra um trabalho impecável e, mesmo tendo que substituir Richie
Blackmore há 23 anos, parece ter nascido para integrar o Purple, com suas bases
gostosas de ouvir, peso na medida certa e solos equilibrados memoráveis. O
melhor disco da banda nesses anos 2000, sem dúvidas.
8,5
Vitor Franceschini
Muito bom esse disco!
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