(2017 – Nacional)
Shinigami Records / Nuclear Blast
Apenas Shagrath
(vocal), Silenoz e Galder (guitarras) permanecem até hoje no Dimmu Borgir, o
principal nome norueguês e mundial do Black Metal sinfônico. E essa formação
segue junta desde 2009 e há 7 anos que o Dimmu Borgir não soltava nada
significativo.
Trata-se do primeiro
trabalho ao vivo em quase 25 anos de carreira e o negócio aqui foi bem
preparado hein? Envolvendo provavelmente centenas de músicos afinal além da
banda há os músicos contratados, a Norwegian Radio Orchestra, o coral da Schola
Cantorum e a cantora Agnete Kjølsrud, que aparece na excelente Gateways.
O disco foi gravado em
2011 no Oslom Spectrum, na Capital Norueguesa, e tem foco no álbum que a banda
promovia na época, isto é, o último de estúdio “Abrahadabra” (2010), então, o
sabor de ‘algo mais’ é inevitável, mas é o risco que uma banda de sucesso corre
toda vez que se apresenta ao vivo.
Porém o fato de
ignorarem o início matador do grupo (leia-se anos 90), dói demais para os fãs,
até porque as músicas ganharam orquestrações reais, sendo que muita coisa daquela
época cairia como uma luva com estes arranjos... Lembrando que somente Mourning Palace, de “Enthrone Darkness
Triumphant” (1999) aparece, soa bem bacana, mas com um pé no freio.
Mas, não pense que isso
põe tudo a perder, aliás, passam milhões de anos luz longe, afinal, o Dimmu
Borgir tem uma discografia rica e isso ganhou ainda mais força com esse super
trabalho e nessas novas execuções. Os arranjos sinfônicos se encaixaram com
perfeição, soam de acordo com a sonoridade proposta e ainda contrastam com um
peso que faz questão de aparecer nas composições, com guitarras potentes e um
Shagrath vivendo um de seus melhores momentos com seus vocais rasgados bem
peculiares.
Os momentos mais
marcantes ficam por conta da já mencionada Gateways,
que conta com uma bela participação de Agnete, Dimmu Borgir, Progenies of the Great Apocalypse, Kings of the Carnival
Creation e Puritania. A sensação
é realmente de um espetáculo, de que quem presenciou o show, foi a uma opera
rock, com direito a orquestra, coral e encenação, sim, porque show envolve tudo
isso.
A banda carrega um mérito
enorme, afinal de contas assinou a produção e com a execução demonstram que conseguiram
um resultado espetacular, que ainda foi enfatizado pela masterização de Chris
Sansom. Uma aula de como fazer Metal com orquestra e de sincronismo musical.
9,0
Vitor Franceschini
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