(2017
– Nacional)
Shinigami
Records
Os pernambucanos da
Elizabethan Walpurga surgiram em 1995 e ficaram na ativa até 2001, e neste
período a banda lançou as demos “...the Darkness... The Wrapping Tranquillity...”
(1996) e “Desire” em 2000. O retorno se deu em 2015, sendo que em 2016 a banda
gravou um split com a banda potiguar Lord Blasphemate, por onde passou o
vocalista Leonardo Mal’lak Alcântara, hoje na banda.
Apresentado o grupo
àqueles que não conhecem, partimos para a sonoridade. O Black Metal apresentado
é soberbo, carrega influências de Metal tradicional e será um deleite aos
amantes do estilo, principalmente aqueles que não se importam com ‘qualidade’
na execução das músicas.
Apesar de utilizar melodias
em suas composições, a banda mantém o equilíbrio e foge dos excessos, consegue
manter a agressividade e rispidez características do estilo. Alternando os
andamentos, mostrando um trabalho soberbo de guitarras, tanto nas bases quanto
no solos, a banda consegue manter um dinamismo impressionante, mesmo tendo a
obscuridade como clima principal das composições.
Falando em dinamismo,
as linhas de baixo mostram um trabalho sensacional, não apenas auxiliando no
peso, mas também fazendo a diferença. O resultado é acima da média e a banda
consegue soar tão Heavy Metal quanto Black Metal, e ainda inclui significativas
passagens acústicas que enriquecem as composições.
Pra fechar com chave de
ouro, a produção do disco mostra um equilíbrio condizente com a proposta e soa
natural, sem ser plastificada e conseguiu captar todos os instrumentos muito
bem, mérito de Nenel Lucen no Mr. Prog Studi. Sem dúvidas um dos melhores
discos do Metal nacional do ano e no geral também.
9,0
Vitor
Franceschini
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