(2017
– Importado)
Sliptrick Records
Um dos aspectos mais
interessantes sobre o Heavy Metal é a ‘bifurcação’ de estilos. São ‘trocentos’
cruzamentos entre várias vertentes, inclusive com elementos fora do espectro da
música pesada. O Heavy Metal é uma ‘cria’ europeia (minha opinião...), que se
espalhou pelo planeta, agregando, na maioria dos países e/ou regiões,
influências harmônicas e melódicas de cada cultura.
Na terra do ‘nazitrump’
(risos), por exemplo, o nascimento do Thrash Metal tem muito a ver com as
influências externas do Hardcore (britânico, GBH, The Exploited e americano, lógico)
e do Punk. O “crossover” é bem isso, mas aí já é outra história.
Voltando para o velho
continente, especificamente para Itália, origem do Hadal, podemos sentir o
esmero com a vocalização e melodia empregadas aos versos, comum às bandas da
‘velha bota’, além do elemento gótico presente (como nos conterrâneos Lacuna
Coil) na proposta musical.
Os arranjos das
composições trafegam entre o Heavy tradicional e o Doom (europeu), com
vocalizações alternadas. Melodias fortes do Metal tradicional (e gótico) em contraponto com o gutural.
Ficaram bem interessantes na condução das harmonias, acentuando o efeito
“sombrio”, característico de bandas do estilo. Inclusive, são classificados
como Dark Metal, por causa da melancolia e do uso de vocais ‘extremos’ herdados
da música extrema.
Outra característica
marcante é a combinação de “climas” dentro das músicas, da suavidade (ora
‘cruncheada’ ora acústica) ao drive pesado e encorpado, fazendo com que a
dinâmica dos instrumentos se sobressaia, sem ser clichê e/ou feito
mecanicamente. Ótimos riffs!
“Painful Shadow” é o
primeiro álbum de 11 faixas por uma gravadora, após duas demos produzidas pela
própria banda: “Dark Water” (2012) e “The Obscure I” (2014). Slow Violence, Nocturnal, Black Flowers
e a canção que dá o título ao play são as minhas preferidas. Discão para quem
curte uma melancolia (ainda mais que estamos no outono, batendo à porta do
cinza do inverno) bem produzida! Formação atual: Alberto (vocal), Daniele
(bateria), Max e Franco (guitarras), além de Teo (baixo).
8,0
Adalberto
Belgamo
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