Por Vitor Franceschini
São cinco anos de
carreira, mas a bagagem do Silver Mammoth está mais pesada do que se imagina. Afinal,
a consolidação dentro do cenário da música pesada nacional veio em forma de
trabalho, pois são três discos de estúdio, clipes e agora o grupo se prepara
para vários lançamentos em outros formatos e novas aventuras. Para falar sobre
isso, o vocalista Marcello Izzo conversou com o ARTE METAL e deu mais detalhes.
Atualmente a banda é formada por Marcelo Izzo Jr. (guitarra), Chakal (baixo),
Guilherme Barros (guitarra) e Ibanes Liba (bateria)
Primeiramente
falemos sobre a repercussão do último álbum, “Mindlomania” (2015). O disco
obteve ótima repercussão e a impressão que temos é que ele solidificou de vez o
Silver Mammoth no cenário. Isso é um fato? Quão grande foi a repercussão do
álbum no Brasil, exterior, entre o público e entre a mídia?
Marcello
Izzo: Quero começar esta entrevista agradecendo ao Arte
Metal pela oportunidade de falar um pouco do Silver Mammoth aos seus seguidores.
“Mindlomania” foi o álbum que um dia sonhei em fazer, escrever uma história e
transformá-la em disco. Foi algo espontâneo, foram surgindo ideias, melodias, e
fomos desenvolvendo dentro do que queríamos. A repercussão foi muito legal, o
álbum recebeu reviews incríveis da mídia especializada no Brasil, e também
algumas no Reino Unido. Creio que isso ajudou muito as pessoas a se
interessarem em ouvir o álbum.
Como
vocês vêem “Mindlomania” atualmente e o quão importante ele foi na carreira da
banda?
Marcello:
Continua nos empolgando, penso que muita gente ainda não parou para ouvi-lo
inteiro como álbum, uma canção pós outra, isso ajuda a entender um pouco a
dinâmica conceitual. “Mindlomania nos abriu portas importantes, como
entrevistas, participações em coletâneas, execução nas duas rádios FM mais
importantes de São Paulo, como a Kiss FM onde temos três músicas rolando e também na 89,1 a Rádio Rock onde já
participamos de programas. As rádios Web que também tocam nosso som em suas
programações, tudo isso se deu pós “Mindlomania”.
O
fato de “Mindlomania” ter ótima aceitação faz com que a banda atualmente
trabalhe com mais pressão?
Marcello:
Acredito que “Mindlomania” nos deixou mais atentos, acho que após um álbum com
ótima repercussão da imprensa como foi o caso do “Mind...” você fica um tanto
apreensivo para um novo trabalho.
Falando
em trabalho, vocês lançarão dois singles inéditos em um só vinil no mês de
junho. O que podem adiantar sobre as composições? O que elas trazem de
diferentes?
Marcello:
Sim, são duas canções que foram compostas para lançarmos o “Mind...” no Reino
Unido, mas após as gravações, ouvindo com calma, achei que estes dois sons
mereciam um destaque maior. Foi quando tive a ideia de lançar um compacto em vinil,
que para mim é um presente, já que adoro este formato. Trata se de um projeto
audacioso para duas músicas apenas, principalmente neste lançamento que faremos
independente. Vai atrasar um pouco, pensamos em Junho, mas acho que só
conseguiremos lançá-lo em julho. Aproveitando já começou a pré venda, já que
trata se de uma EDIÇÃO LIMITADA. A Pré
venda terá um preço menor do que o de lançamento, quem quiser reservar o seu e
receber em casa, é só acessar nosso site silvermammotband.com e clicar no ícone
loja, ou mandar e-mail para contato@silvermammothband.com.
Como
surgiu a ideia de lançar os sinlges, chamados de “Silver Mammoth Singles”?
Estes singles serão uma prévia do que está por fim em um trabalho completo?
Marcello:
Como falei na pergunta anterior, a princípio seriam duas músicas para saírem
como bônus track para um selo gringo lançar “Mindlomania” no Reino Unido, onde
saímos em magazines, mas ouvindo depois de prontas, preferimos lançar como um
novo trabalho inédito. Fazer um novo álbum é sempre prazeroso, mas não fazer
por fazer, isto requer tempo, paciência, boas ideias, não vale fazer por fazer,
tem que surgir naturalmente.
Por
que optaram pelo lançamento em vinil e como vêem este formato ganhando ainda
mais força, recuperando espaço atualmente?
Marcello:
Quem me conhece mais a fundo, sabe da minha paixão por LP´s, compactos, K7, DVD´s,
CD´s, até fitas de rolo, Eu adoro ir a lojas, e ficar garimpando, batendo papo
com os que ali estão, devido a isso, Eu comecei a amadurecer a ideia de ter um
trabalho da minha própria banda em vinil compacto, aquela nostalgia gostosa do
Lado A e Lado B perpetuam em mim.
Os
singles também contarão com distribuição mundial, no seu formato digital e
sairão pela Onerpm. Como se deu essa oportunidade?
Marcello:
Nos dias atuais, você tem que disponibilizar o trabalho para plataformas
digitais, é o mercado, não tem por onde fugir, e a Onerpm é a empresa que
optamos para distribuir o “Pride Price” (2014) e “Mindlomania”, em breve
disponibilizaremos também nosso primeiro álbum.
Vocês
também foram confirmados pelo selo britânico Secret Service Records para
participar de um tributo brasileiro ao Motörhead, intitulado “Going To Brazil…
The Brazilian Tribute Of Motörhead”. Como foi receber este convite para
homenagear uma das maiores bandas de todos os tempos?
Marcello:
Poxa, foi uma honra, participar de um tributo com grandes bandas e principalmente
para homenagear uma banda tão querida por nós. Fizemos uma versão SM e a Secret
Service Records nos disse ter adorado, espero que vocês também curtam, fizemos
com todo carinho.
No
caso vocês participarão com a faixa White
Line Fever. Vocês mesmo a escolheram? Se sim, qual o motivo em especial?
Por fim, até que ponto o Motörhead influenciou o Silver Mammoth?
Marcello:
Foi a música que nos coube no tributo, quem a escolheu foi a gravadora,
conversando com o responsável pelo tributo, ele disse que após ouvir nossos
trabalhos, acreditava que White Line
Fever se encaixaria no tipo de som que fazemos, nos disse que ficou muito feliz
em ouvir nossa versão, e nós ão feliz o
quanto. Motörhead, acredito ter influenciado não só as Bandas pesadas, mas uma
legião de apreciadores do gênero, é contagiante ouvi-los.
Vocês
também estarão no segundo volume da coletânea “The Gates of Brazilian Metal
Scene”, que será lançadas na Europa ainda no primeiro semestre de 2017. Falem
um pouco sobre esta participação e por que escolheram a faixa “Mindlomania”
para incluir na coletânea.
Marcello:
Outra honra, participar de uma coletânea como esta, principalmente para um novo
público, a música foi o selo que escolheu, acho que por ser a mais curta do
álbum, e também pelo apelo do videoclipe, acho que foi uma boa escolha para
esta coletânea, se fosse uma coletânea de Rock Progressivo indicaria Shock Therapy, a música mais longa do
álbum, que por sinal, é uma das que estão rolando na rádio.
São
três discos em dois anos, os singles a serem lançados, clipes e participações
em coletâneas. O Silver Mammoth realmente luta por seu espaço, mas isso se
comprova com todos estes trabalhos. Seria esta a receita para uma banda se
manter no cenário da música alternativa? Qual o retorno disso tudo?
Marcello:
As coisas foram acontecendo naturalmente, como eu disse, não me preocupei com
questões que fogem do que julgo ser importantes para mim, tudo isso é prazeroso
no final, administrar uma banda de Heavy/Rock nos dias atuais é difícil, mas
sou otimista sempre, acho que quando se faz algo com o coração as chances
aumentam, sou um cara que não gosto de vitimismo, você tem que lutar por seu
espaço, com responsabilidade e honestidade, é assim que penso.
E
o que a banda pode falar em relação a shows? Vocês tem se apresentado com
frequência? Há espaço e produção adequada para uma banda autoral de Hard Rock
se apresentar no Brasil?
Marcello:
Faremos uma mini tour em agosto, com oito datas a confirmar, é o que temos de
concreto, como sabem, trocamos o baterista e incorporamos um novo guitarrista
que já participaram dos novos trabalhos. Acho que produtores de eventos
poderiam dar mais espaço quanto a shows de Hard Rock, Heavy Metal e afins, mas
para que isso ocorra, a cena precisa se fortalecer, só assim, poderemos pensar
em festivais. Temos um país imenso geograficamente, lugares que adorariam
receber shows individuais, festivais, mas sem patrocínio, fica inviável a
logística, quem investe, quer retorno, e nem sempre ele vem, por isto temos que
ter a cena forte, e gente acreditando, penso ser uma forma das coisas
melhorarem.
Tudo
bem que a banda se encontra em plena divulgação de vários trabalhos em
paralelo. Mas o que podem adiantar a respeito de um novo álbum completo? Um
disco ao vivo seria uma boa pedida, hein, já que vocês possuem três ótimos
trabalhos? (risos)
Marcello:
Nossa... um duplo ao vivo seria fantástico, um ao vivo nos moldes antigos, sem
ser um ao vivo de estúdio se é que me entende, tenho isso em mente, seria
demais, um grande desafio se for como imagino, quem sabe no futuro. Primeiro
penso em mais um de estúdio, já que temos projetos de expandir nossa música.
Mas como disse, na hora certa, não farei um álbum apenas por fazer, temos que
senti-lo.
Muito
obrigado por falar com a gente. Este espaço é para as considerações finais.
Marcello:
Eu que agradeço a vocês do Arte Metal por nos proporcionar este espaço sério,
queria deixar um abraço em nome do Silver Mammoth aos seus seguidores e amigos que
sempre dão força ao Rock Pesado Brasileiro. Thanks so much!
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