(2017 – Nacional)
Shinigami Records
Há muito
conservadorismo dentro do cenário metálico, e isso não está restrito à
política. É fato que muito ‘headbanger’ se recusa a ouvir muita coisa nova, às
vezes com argumentos infundados e desculpas esfarrapadas, do tipo: ‘é tudo
igual’, ‘muito moderno’, ‘parece isso ou aquilo’, entre outras babaquices.
Em primeiro lugar, o
Metal não é um estilo genuíno, descende do Rock mesclado com outros estilos.
Segundo que há pouco terreno a ser explorado em termos de originalidade hoje em
dia, e por último, há muita coisa nova e bandas novas que têm lançado trabalhos
mais convincentes que muita banda clássica lançou nos últimos anos.
Ok, o Warbringer não é
uma banda nova, mas desponta agora no cenário mundial e foi formada nos anos
2000, isto é, ‘muito nova’ pra muita gente. Azar, porque aqui temos um grupo de
Thrash Metal que consegue soar atual, trazer resquícios de cada faceta do
estilo e ainda assim honrar as raízes do gênero sem soar datado.
É pelo menos isso que
representa “Woe to the Vanquished”, quinto disco de estúdio da banda, que
mostra que o quinteto moldou-se, deixando de lado um pouco as influências de
outrora (Exodus, Death Angel, etc.). A sonoridade atual traz até influência do
Thrash europeu, principalmente na agressividade e nos vocais de John Kevill que
sempre apostou no rasgado.
“Woe to the Vanquished”
é sem dúvidas o disco mais bem lapidado da banda, em todos os sentidos. As
composições são bem estruturadas e a execução primorosa, sendo que a produção é
a melhor da carreira e, mesmo trazendo um ar mais moderno em relação aos
trabalhos anteriores, a sonoridade flui natural e equilibrada, sem
‘envernização’.
Woe
to the Vanquished, Shellfire e Descending Blade são grandes composições que se destacam, mas vale
uma passada por todo o tracklist. Porém, a longa When the Guns Fell Silent, mostra que agressividade e variação
podem andar juntas e também gerar composições majestosas!
9,0
Vitor Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário