(2016 – Nacional)
Shinigami Records
Devido à imbecilidade
de muitos, o Heaven Shall Burn fui um dos motives envolvendo as polêmicas acerca
da recente apresentação de King Diamond no Brasil. O por quê? Pelo fato de
representar algo atual, não necessariamente o ‘moderno’, até porque o que a
banda representa é o Metal.
Bom, caso à parte, a Shinigami Records
soltou seu oitavo disco de estúdio e mais maduro até então. Não poderia ser por
menos, afinal, com exceção do baterista Christian Bass (ex-Godz at War) que
estreia aqui em estúdio, mas está na banda desde 2013, o grupo está junto há
mais de 10 anos, além de manter três integrantes desde sua formação original
que data de 1996.
O Deathcore da banda
está mais poderoso do que nunca, alternando momentos mais melódicos com outros de
pura agressividade. O que se pode notar é um trabalho de guitarras primoroso,
coeso e muito bem elaborado. Trazendo bases consistentes e solos esporádicos. A
preocupação com peso se mostra nítida. Tudo com uma cozinha consistente, que
atende às medidas pedida pela sonoridade da banda.
É interessante o quão o
Heaven Shall Burn consegue soar sombrio em sua música, mesmo mantendo uma
dinâmica agressiva. Isso fica provado em composições como Downshifter, Prey to God
(que conta com participação de George ‘Corpsegrinder’ Fisher do Cannibal
Corpse) e Corium, esta última a mais
soturna e brutal.
A produção do
guitarrista Alexander Dietz soa na medida, entre o moderno e o natural, casando
perfeitamente com a proposta da banda. Ainda há muitas participações especiais
como as de Aðalbjörn Tryggvason (Sólstafir) e do guitarrista Nick Hipa (ex- As
I Lay Dying) que sola na ótima Save Me.
Um disco que prova que muitas manifestações são sem sentido e que o Metal atual
vai muito bem, obrigado.
8,5
Vitor
Franceschini
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