quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sem Textão: Crimes no Metal (Humanos)

Caso mais recente de suspeita de um crime dentro do cenário foi com a banda polonesa Decapitated, onde seus integrantes foram acusados de terem sequestrado e estuprado uma mulher após o show de Spokane, Washington (EUA) no dia 31 de agosto


Por Vitor Franceschini

Opiniões e divergências têm se tornado cada vez mais comuns, assim como intolerância e preconceitos das mais diversas estirpes dentro do cenário metálico. E isso não é nenhuma novidade, afinal este cenário é formado por seres humanos que fazem parte de uma sociedade e, apesar de nadarmos contra a maré, os problemas sociais refletem também nos amantes da musica pesada.

Para muitos parecemos ser imunes a isso, o que é pura utopia, afinal, mais uma vez repito, somos seres humanos. Os crimes também circundam a cena, e nós, humanos, somos potenciais criminosos perante as leis que nós mesmos criamos (direta ou indiretamente) e isso não está restrito a nenhum público.

Bom, onde queremos chegar com isso tudo? Muitos que estão lendo este artigo sabem de casos de crimes dentro do Metal (incluindo no Brasil) e as reações são as mais diversas e divergentes, o que não deveriam ser (até mesmo fora da cena). Afinal, não são crimes exclusivos de ‘metaleiro’ e vão desde agressão, roubo, assalto, estupro, entre outros. Portanto, deveríamos enxergar como crime e simplesmente deixar com que as autoridades tomassem conta do problema, com as investigações e leis cabíveis.

Talvez o caso mais conhecido na cena 'metal' seja o do norueguês Varg Vikernes (Burzum) que em 1992 foi acusado de incendiar três igrejas na Noruega e, no ano seguinte, esfaqueou até a morte o guitarrista do Mayhem, Øystein 'Euronymous' Aarseth. 


O problema nas divergências é quando acusam sem saber, mas principalmente tentam ‘por a mão na cabeça’ criando um escudo simplesmente por se tratar de gente envolvida com Metal. Se for de banda, piora, parece que o sujeito não é humano e nem capaz de cometer crimes. Mas, não se esqueça: fãs, músicos, jornalistas, seja lá o que for que estiver envolvido dentro da cena Metal, são humanos! Potenciais criminosos.

Portanto, antes de opinar, acusar e/ou defender qualquer coisa relacionada a crime, seja ele no Metal ou não, tente deixar que as autoridades concluam os fatos. Sua opinião na internet com certeza não ajudará em nada, mas pode atrapalhar, afinal estamos lidando com, mais uma vez, humanos! Obs.: quando se tratar de estupro, não tente justificar. Não interessa se ‘era gay’, ‘dava pra todo mundo’, ‘usava shortinho’, ‘deu mole’ e o ‘diabo a quatro’. Ninguém quer ser estuprado.

NÃO PUBLICAREMOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS.


*Vitor Franceschini é editor do ARTE Metal, jornalista graduado, palmeirense e headbanger, além de ter certeza que a sigla MBL significa Movimento Bestial da Latrina.   

2 comentários:

  1. Hoje em dia é complicado não estou defendendo ninguém aqui mais é que tem gente que acaba as vezes se aproveitam de uma oportunidade para ganhar minutos de fama mais é que normalmente acusação acaba não batendo com os fatos mais só o tempo dirá.

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  2. É exatamente isso: deixemos as autoridades investigarem e concluírem o que houve... por que temos que ter opinião em tudo e sair postando? Pq nosso cenário é de pessoas intocáveis e imaculadas? Como dito, somos humanos e erramos horrores (aliás, o que mais vemos de tempos pra cá é que em nosso "cenário" não há mais qualquer tipo de ideologia né?

    Só um pedido geral a quem for comentar: se não estavam presente e não sabem o que houvem NÃO CULPEM A VÍTIMA!

    - Excelente postagem, Vitor.

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