(2017 – Nacional)
Sangue Frio Produções
Impressiona a
imponência deste debut do Morthur, pois trata-se de um disco forte, sem firula
e que passa o recado de imediato! Isso já acontece na intro, que na verdade é
um instrumental curto e grosso, pesado e agressivo, que parece estar dizendo: ‘chegamos
nessa porra!’.
Tudo bem que o grupo
vem da cena prolífica do Rio Grande do Sul, mais precisamente de Erechim, mas
por se tratar de um debut, nunca se espera algo fora do normal, ainda mais
positivamente (sejamos sinceros).
Fato é que o Morhur tem
conhecimento de causa e investe num Death Metal potente, denso e que traz um
pouco de cada era do estilo, soando atual, sem modernices baratas ou técnica
exacerbada. Aliás, nem velocidade sem sentido a banda coloca em suas
composições, deixando isso constar naturalmente.
Impressiona a potência
dos riffs, que soam como uma verdadeira massa sonora, com timbres bem
escolhidos gerando um peso absurdo. Peso este que é turbinado por um baixo
agressivo, que segue linhas simples, mas fazendo seu verdadeiro papel. Sem
contar a bateria cheia de pegada, que não economiza no bumbo duplo, mas sabe
variar o ritmo e os vocais urrados, na medida certa.
O resultado é o que foi
relatado já no início da resenha, um Death Metal denso e imponente, inclusive
nas temáticas, que abordam niilismo, filosofia e os temas mais introspectivos
possíveis. Lembrando que a produção também é acima da média, e se encaixa com a
proposta. Excelente estreia.
9,0
Vitor Franceschini
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