(2017 – Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
Para muitos, “Medusa”
pode representar um retorno às origens do Paradise Lost, para outros o álbum
pode soar como uma continuação de “The Plague Within” (2015) e para alguns o
disco representa a banda em si. Na verdade, “Medusa” representa a si mesmo,
trazendo características tradicionais do Paradise Lost, assim como alguns novos
elementos.
O décimo quinto disco
do maior nome do Gothic / Doom Metal da história (sim, o Paradise Lost também é
Gothic, guardadas as devidas proporções) é um disco intimista, com um clima
sombrio até maior que seu antecessor e soa como o mais moderno da banda até
então, e esse ‘moderno’ não soa pejorativo e é simplesmente algo atingido pela
produção (de Jaime Gomez Arellano) e a timbragem dos instrumentos.
Com um trabalho de
guitarras voltado para o mais tradicional, onde Gregor Mackintosh destaca a
melodia e Aaron Aedy adiciona riffs com boa dose de peso, o instrumental ainda conta
com o baixo correto do discreto Stephen Edmondson e ganha uma rejuvenescida com
a bateria do novato Waltteri Väyrynen, um instrumentista versátil e com pegada
sutil, mas considerável. Mackintosh também é o responsável pelos discretos, mas
essenciais arranjos de teclados, que dá o ar ‘clássico’ às composições.
Nick Holmes é um show à
parte e, doa a quem doer, é sim um dos melhores vocalistas extremos de todos os
tempos. Impressiona como ele trabalha bem suas linhas limpas e os guturais
(únicos e um dos melhores da história) que voltam com ênfase no disco e ainda
mais versáteis.
“Medusa” não é um disco
que causa impacto, até porque isto foi causado por seu antecessor, mas com
certeza é um trabalho de qualidade acima da média e só não agradará aos muito
exigentes. Vale mencionar a capa do disco, simples e detalhada ao mesmo tempo,
vintage e atual ao mesmo tempo, mas acima de tudo trazendo novas cores à
discografia da banda. A versão nacional vem com dois bônus. Simplesmente
Paradise Lost.
8,5
Vitor Franceschini
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