(2017
– Nacional)
Nuclear Blast / Shinigami
Records
Desde a transição de
seu debut “Winds of Creation” (2000) e o segundo disco “Nihility” (2002), os
poloneses do Decapitated sempre adicionaram algo mais em sua sonoridade,
mostrando que a banda sempre foi adepta a mudanças. Mas, isso foi acontecendo
gradativamente, o que é sempre bem vindo, pois coisas bruscas sempre são
perigosas.
Hoje, a banda soa
totalmente diferente de seu início (apesar de leves resquícios do Technical
Death Metal de outrora) e “Anticult” também já soa diferente de seu antecessor
“Blood Mantra” (2014), porém de forma menos acentuada. Fato é que no novo
trabalho, a banda mostra seu lado mais moderno e mais distante do Death Metal
tradicional.
O que encontramos no
disco são músicas que transitam desde o Groove Metal, Deathcore, passando pelo
Melodic Death Metal, e que esbarram até nas batidas e levadas industriais a lá
Fear Factory (não em todos, mas em alguns momentos – ouça Kill The Cult), mostrando também que o grupo adotou de vez a
versatilidade.
Bem produzido, o disco
traz composições bem estruturadas e uma nitidez típica dos dias atuais. As
composições variam seus ritmos e atraem na primeira audição, mas logo traz seu
principal problema. Isto é, “Anticult” não emplaca, não fica na mente, não soa
significativo e isso é um problema comum, mas grave para uma banda de nome como
o Decapitated.
Não, não é a questão de
o Decapitated não praticar mais o Death Metal brutal de antigamente, muito
menos pelo fato de se enveredar pelos lados mais modernos, menos ainda pelos
problemas que a banda enfrenta atualmente. “Anticult” é simplesmente um disco
bom, mas que pode ser esquecido minutos depois de sua audição. Porém, ainda
acima da média.
7,5
Vitor Franceschini
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