(2017
– Nacional)
Nuclear Blast / Shinigami
Records
E olha o Rage se
mostrando prolífico mais uma vez e soltando um disco um ano e um mês depois de
seu antecessor. E o mais interessante ainda, os trabalhos nada tem a ver um com
o outro, a não ser a identidade (única por sinal) da banda liderada por Peter
"Peavy" Wagner (vocal/baixo).
Por sinal, quando
lançou “The Devil Strikes Again”, o Rage mostrou um retorno às raízes tanto no
instrumental quanto nas levadas das composições, inclusive trazendo uma
produção bem orgânica perto do que vinha apresentando nos seus trabalhos mais
recentes.
Em “Seasons Of The
Black” a banda mantém uma chama mais direta, porém adota linhas mais atuais,
recupera a ‘pomposidade’ da sonoridade de outrora e traz timbres e produção
mais carregados. Isso, com certeza não tira nada do brilho e muito menos da
identidade da banda, que raramente foi ameaçada em toda a sua discografia.
Aliás, temos aqui um
trabalho primoroso de bateria, a cargo de Vassilios "Lucky"
Maniatopoulos, com linhas empolgantes e uma pegada firme, sem economizar em
levadas semi-velozes com bumbos duplos, o baixo correto de Peavy e seus vocais
típicos, além de mais um trabalho de qualidade de Marcos Rodríguez, que acertou
bem nos solos de guitarra.
Os refrãos pegajosos de
Season of the Black, Serpents in
Disguise, Blackened Karma, Justify e Bloodshed
in Paradise (essas duas últimas partes da peça ‘The Tragedy of Man’, que
encerra o disco) atraem de imediato. Vale lembrar que a versão nacional ainda
traz um CD bônus com regravações do Avenger, banda embrião do Rage, que mostram
que Peavy não perdeu a pegada e a agressividade advinda de anos da banda.
8,5
Vitor Franceschini
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