(2018
– Nacional)
Shinigami
Records
Maior banda de Metal
japonesa de todos os tempos, o Loudness segue aquela premissa dos grupos
nipônicos. Autenticidade, ousadia, instabilidade (no som) e talento. Isso sem
contar a excentricidade, fato que pode ser confirmado olhando em sua imensa
discografia e nas linhas traçadas pela banda entre os subgêneros do Rock/Metal.
Pra se ter uma ideia,
este “Rise to Glory -8118-“ é o 28º disco de estúdio da banda em 37 anos de
carreira, se imaginarmos que temos versões exclusivas pro Japão, EP´s, singles,
ao vivo, etc... já podemos ter uma ideia de mais de uma centena de trabalhos
que os caras lançaram até hoje!
E como é bom ver
veteranos com pique de ‘moleques’, pois é exatamente isso que o novo trabalho
transparece. E impressiona como o Loudness criou uma forte identidade, onde
quando se ouve o primeiro acorde de Akira Takasaki (guitarra), já se sabe que
vem a banda pela frente.
Falando nisso, essa
formação praticamente clássica, com Minoru Niihara (vocal), Masayoshi Yamashita
(baixo) e o mais recente Masayuki "Ampan" Suzuki (bateria), talvez
seja o motivo de tanta gana. O entrosamento é impressionante, mostrando uma
coesão absurda.
Takasaki é um ‘guitar
hero’ que sabe como fazer música sem deixar a técnica ultrapassar, tanto que há
poucos solos ‘malabarísticos’ no trabalho, sendo que seus riffs que vão do
Heavy ao Hard estão cada vez mais criativos. O baixo de Yamashita é outra coisa
que impressiona, por ter linhas realmente independentes e que aparecem sem se
mostrar rogadas.
Suzuki tem uma pegada
intensa na bateria, ditando os ritmos dinâmicos da banda, enquanto Niihara parece
vinho, quanto mais velho, melhor em sua interpretação. Isso faz com que o Hard
‘n’ Heavy de “Rise to Glory -8118-“ soe empolgante do começo ao fim.
Esta versão nacional
ainda traz como bônus o álbum “Samsara Flight ~輪廻飛翔~”, lançado exclusivamente no Japão em
2016, e que conta com regravações de clássicos da banda (incluindo os cantados
em japonês, que são fenomenais) e dá pra tirar um parâmetro de como a banda
sempre buscou sua identidade. No mais, trata-se de um material que merece mais
do que ser conferido, e essencial para quem quer conhecer a banda.
8,5
Vitor
Franceschini
Voltando as raízes , finalmente.
ResponderExcluirBando fodística.