quarta-feira, 9 de maio de 2018

Fallen Idol – “Mourn The Earth”


(2018 – Nacional)

Independente

O terceiro disco é o momento da consolidação e a prova de fogo se realmente a banda é aquilo que prometera nos lançamentos anteriores, enfim, se não é aquele ‘fogo de palha’. “Mourn The Earth” representa exatamente isso ao Fallen Idol, banda paulista que mostrou um crescimento gradativo dentro do tradicional Doom Metal.

O trio de Arujá traz neste seu terceiro trabalho toda a essência criada durante os teus seis anos de formação e o amadurecimento natural está no álbum, que define de vez as características da banda. Características estas que primam por um Doom Metal nem tão soturno, mais Heavy Metal e com sua aura ocultista abordada de forma inteligente em suas temáticas.

A primeira faixa do disco, Witches of Lucifer, já mostra uma pegada mais intensa com um refrão que soa até sarcástico com seu coral flertando com o erudito. O que a banda propõe no álbum já aparece nesta faixa e se mantém em Time To Mourn The Earth, segunda música que prima pelo peso e um andamento semi cadenciado.   Destaque para os bons e bem encaixados solos de guitarra desta composição.

Vocais dobrados e fraseados mais longos são as características de Wait, um Doom Metal bem típico, sendo que Shattered Mirror é a mais agressiva e mostra mais um belo trabalho de solos de guitarra. Chrisalism é uma instrumental de contrabaixo muito boa. Aliás, o instrumento aparece bem alinhado no disco todo, só poderia ter um timbre mais intenso, pra fazer com que as músicas pesem ainda mais.

Lucidity é a melhor faixa do disco, e curiosamente não foi a escolhida como música de trabalho (Witches of Lucifer e Shattered Mirror foram lançadas como singles). Porém, esta canção de riff até manjado, mostra-se a mais emotiva e com a melodia mais interessante do disco. Secret Place, que traz uma aura mais branda e psicodélica, é perfeita pra fechar o disco. Longa e suave, a música coloca o ouvinte em transe a refletir tudo o que acabou de ouvir.

Por fim, o Fallen Idol passa no teste de fogo e consolida seu trabalho com “Mourn The Earth”. Tal fato porém, não significa que a banda não tenha o que melhorar, pois há o que ser lapidado, peso a ser adicionado e melhores timbres a serem escolhidos. Mas é inegável que a banda segue o caminho certo.


8,5

Vitor Franceschini

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