(2017
– Importado)
Sliptrick
Records
De Colônia, os alemães do
Atrium Noctis chegam ao seu quarto disco de estúdio mostrando uma evolução
natural que dignifica ainda mais seu trabalho. Principalmente pela aposta da
banda em mesclas de estilos que exigem riquezas nos arranjos e muita
criatividade.
O foco do trabalho é o
Black Metal, mas houve-se muito mais em “Aeterni”. Principalmente referências
que passam pelo Dark e Symphonic Metal, com um trabalho que transita por climas
obscuros, vampirescos e também um tanto quanto melancólicos em alguns momentos.
Notamos em algumas passagens instrumental a influência do Folk, mas é bem
rápida e leve.
Músicas longas, cheias de
variações rítmicas dão a tônica a um álbum de certa forma peculiar e que traz
em seus arranjos sinfônicos de teclados influências e peças do compositor
clássico tcheco Antonín Dvořák. Mas, tudo com linhas de guitarras bem
elaboradas e uma cozinha que acompanha toda a complexidade das composições.
A banda também aposta em
linhas vocais versáteis, afinal, o vocalista Hein transita pelo gutural,
rasgado, acompanhado por linhas líricas femininas de Kalliope em alguns
momentos. Ainda há narrações, pois as letras mostram histórias baseadas na
escuridão, morte e fantasias, tudo bem na linha ‘dark’ da literatura.
A produção é bem
orgânica, até demais para o estilo, já que algo mais bem lapidado deixaria as
composições ainda melhores. Datura Noir,
Leviathan e suas belas linhas de piano, a cheia de nuances atmosféricas Die Nacht des Falken, são os destaques.
“Aeterni” é muito acima da média e diferenciado.
8,0
Vitor
Franceschini
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