(2018
– Nacional)
Shinigami
Records
Desde 2004 o guitarrista
alemão Axel Rudi Pell lança algo no mercado de ano em ano ininterruptamente.
Claro que nem sempre são trabalhos inéditos, mas isso não tira o mérito de
prolifico do músico, que lança mais um trabalho em solo nacional, agora o disco
inédito “Knights Call”.
Impressiona como o músico
dificilmente muda o seu direcionamento ou arrisca algo novo e consegue acertar
o alvo. “Claro, ele não arrisca”, mas é aí que está. Quando é assim, as coisas
podem soar repetitivas e/ou cansativas. Porém não, aqui as coisas saem
agradáveis e de muito bom gosto.
O primeiro quesito para
que isso se concretize é o fato de Rudi Pell ser um guitarrista muito original.
Primeiro que ele não tenta ser um ‘guitar hero’ mostrando técnica exacerbada,
segundo porque cria riffs sensacionais e não os deixa em segundo plano para
priorizar os solos. Solos, aliás, que são um primor.
Outros fatores são as
linhas de voz de Johnny Gioeli, que pode ser considerado o vocalista clássico
de Axel Rudi Pell e sabe exatamente o que o músico quer. Seu timbre também é
bem característico e hoje é parte fundamental nas composições. Isso sem contar
a cozinha maravilhosa do disco, formada por Volker Krawczak (baixo) e o
sensacional Bobby Rondinelli (bateria, ex-Warlock, Riot, Quiet Riot, entre
outros).
Tudo isso com o tempero
das linhas/camas de teclados de Ferdy Doernberg (Rough Silk, Roland Grapow,
etc), que se tornaram essenciais na sonoridade da banda e enriquecem demais o
trabalho. O disco traz como característica particular, uma tirada de pé e
faixas com levadas mais cadenciadas, o que praticamente não o prejudica em
nada.
8,0
Vitor
Franceschini
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