(2018
– EP – Nacional)
Independente
É clichê começar a
resenha dizendo que o Rio Grande do Sul nos brinda com algumas das melhores
bandas de Death Metal do país e do mundo. Porém, a Cromata, que após seis anos
de ajustes em sua formação, vem de lá e finalmente lança o seu primeiro
registro.
E, sendo ainda mais
clichê na resenha, os caras fazem jus a sua terra. Pois o Death Metal aqui
encontrado prima por qualidade, mas traz a banda apostando suas próprias fichas
em suas características.
A primeira característica
da banda é adotar leves linhas melódicas e não cair na simplicidade da rapidez.
Sua música possui variação rítmica, sendo na maioria das vezes semi cadenciada,
com alternações para os tradicionais momentos velozes do estilo em menor escala
e com quebradas interessantíssimas.
Tudo isso valoriza demais
os riffs, com uma cozinha consistente que enfatiza o peso do som. Os solos
melódicos incorporados, dão ainda mais diferencial para a sonoridade da banda.
E, antes que o leitor torça o nariz, melodia aqui não significa acessibilidade
e soa proporcional ao Death Metal da banda, que é bem tradicional.
A produção orgânica soa
bem demais aos ouvidos de quem não aguenta mais artificialidade e excesso de
técnica no estilo. Aliás, o Cromata sabe muito bem aliar técnica com feeling,
pois sua música está longe de ser simplista. Destaque para faixas como Lighthouse e Resigned in Blood.
8,5
Vitor
Franceschini
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